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PT/TVI: decisões do juiz de Aveiro dão razão ao PSD sobre escutas

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Sociais-democratas lamentam que relatório da comissão não tenha ido mais longe

O PSD considera que as decisões dos magistrados de Aveiro, sobre a importância das escutas para perceber «o caso TVI», vêm dar razão ao partido e lamentou que o relatório da comissão de inquérito não tenha ido mais longe.

PT/TVI: juiz diz que «caso só se percebe com análise das escutas»

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«Aquilo que os despachos ontem divulgados vêm reconhecer é que a posição do PSD era fundamentada e sustentada», disse à Lusa Pedro Duarte, acrescentando que o partido esgotou todas as diligências que podia levar a cabo, nomeadamente pedindo a documentação entretanto remetida à comissão parlamentar.

Para Pedro Duarte, a divulgação da posição dos magistrados vem dar razão aos sociais-democratas, que defenderam que a comissão tinha todo o direito e obrigação de ir mais longe no apuramento da verdade, «encontrando meios de prova que pudessem melhor fundamentar as conclusões finais».

«A verdade é que não foi essa a opção, infelizmente, da maioria da comissão», lamentou, classificando o caso como uma «um operação travestida num negócio.»

«No fundo era uma operação política que visava o controlo de um conjunto de órgãos de comunicação social no nosso país por parte do Partido Socialista», sublinhou.

Pedro Duarte recorda que o PSD pediu, «em devido tempo», o acesso às escutas, mas que a deliberação foi no sentido de a informação nelas contida «não ter qualquer efeito útil» para as conclusões do relatório.

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«É uma decisão um bocadinho esquizofrénica. Nós próprios não a compreendemos e manifestámos a nossa discordância, mas a verdade é que a maioria da comissão assim decidiu, desde logo com o apoio do PS», afirmou.

«Apesar de termos acesso a essa informação, de ela nos ter sido enviada pelos magistrados de Aveiro, apesar de eles terem referido que esse material era absolutamente fundamental para se perceber o negócio em toda a sua essência e, mais do que isso, era perfeitamente legítimo e legal que a comissão o utilizasse, houve uma decisão, contra a vontade do PSD, de que esse material não podia ser utilizado», declarou.

«Expressámos o nosso protesto pela forma como os trabalhos da comissão iriam culminar e a verdade é que hoje julgo que é público e notório, depois da divulgação dos despachos, que a comissão não foi tão longe quanto deveria ter ido em termos de relatório final», considerou.

«Tivemos conhecimento de todo o material que nos foi enviado, o problema é que não pode ser utilizado. A comissão decidiu fazer de conta que não tinha visto e que não tinha tido acesso a um conjunto de documentação», criticou.

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