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Passos «ou renegoceia a dívida ou demite-se»

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PS diz que política de austeridade do Governo falhou

O PCP advertiu esta segunda-feira o primeiro-ministro que ou renegoceia a dívida ou será obrigado a demitir-se, enquanto o PS sustentou que os mais recentes resultados da execução orçamental mostram que a

A última ronda de questões ao primeiro-ministro do debate da moção de censura do PCP ao Governo foi marcada por intervenções sucessivas de deputados comunistas e do PS, noticia a Lusa.

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Pela parte do PCP, António Filipe advogou que, na atual conjuntura, restam «apenas duas saídas» ao primeiro-ministro: «Ou renegoceia a dívida ou demite-se».

Pedro Passos Coelho rejeitou em absoluto essa leitura da realidade feita pelo vice-presidente da Assembleia da República, contrapondo que a via da renegociação da dívida seria o mesmo que «claudicar e impor às gerações futuras um enorme custo económico e social».

Ainda pela bancada do PCP, o líder parlamentar, Bernardino Soares, condenou a política de cortes no setor da saúde, dizendo que o Governo pretende afastar muitos portugueses do acesso aos cuidados.

Bernardino Soares considerou falsa a ideia de que há gastos em excesso na saúde, dizendo que a despesa per capita nacional é inferior em 40 por cento à média europeia.

Pedro Passos Coelho discordou e disse que há margem para «eliminar redundância» e defendeu mesmo que «há fraude» nas despesas no setor da saúde, dando como exemplo o facto recente de a Polícia Judiciária ter detido dez suspeitos por fraude.

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«Governo falhou»

Pela parte do PS, o deputado João Galamba estimou o desvio da execução orçamental do Governo em cerca de dois mil milhões de euros no final do ano, resultado da quebra de receitas do IVA, na taxa social única e no aumento do desemprego.

«A irresponsabilidade de ir para além da troika na austeridade agravou a situação do país. O seu Governo falhou, o seu ministro das Finanças [Vítor Gaspar] falhou», sustentou o economista do PS, já depois de o seu colega de bancada, Miguel Laranjeiro, ter considerado que o «aumento do desemprego no último ano, na ordem dos 20 por cento, é a marca» deste executivo de coligação PSD/CDS.

PCP e PS criticaram também as reformas na justiça, com o deputado comunista João Oliveira a considerar que o Governo pretende afastar o mais pobres do acesso à justiça e a vice-presidente da bancada socialista Isabel Oneto a acusar o executivo de pretender «afastar o povo» dos julgamentos após encerrar mais de 50 tribunais em todo o país.

Visão diametralmente oposta a comunistas e socialistas apresentou a vice-presidente do PSD Teresa Leal Coelho, classificando como «titânica» a reforma que a ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, tem pela frente.

Teresa Leal Coelho defendeu mesmo que o Governo pretende combater «uma justiça para pobres e outra para ricos» e, em alternativa, deseja um modelo de «justiça de proximidade».

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