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Os cabeças-de-lista do PS, PSD, BE, CDS-PP e CDU tiveram o primeiro frente-a-frente, esta segunda-feira, no programa Prós e Contras da RTP.
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O debate ficou marcado pela acesa troca de palavras, sendo Vital Moreira o alvo preferido dos outros candidatos às eleições europeias de 7 de Junho.
Acusando o candidato socialista de «tiques estalinistas», Paulo Rangel aludiu várias vezes ao passado ligado ao PCP de Vital Moreira. «Em 1982, disse que a adesão à CEE era inconstitucional», lembrou, acrescentando: «Até respeito a sua mudança de opinião, mas não venha para aqui com uma moral de pacotilha.»
O socialista reagiu no mesmo tom acusador: «Como foi escolhido com quatro vice-presidentes contra si [Paulo Rangel] não percebe a legitimidade de um candidato independente como eu.»
Nuno Melo, do CDS-PP, optou por recordar o cartaz de campanha de Vital Moreira para também aludir ao passado político do candidato do PS: «Sermos europeus não é só no cartaz, isso não nos transforma.»
«Vê-se logo que Vital Moreira não está no Parlamento Europeu...»
Entre questões mais nacionais do que europeias, foram muitas as medidas do Governo contra a crise enunciadas por Vital Moreira, que enfrentou as contra-propostas dos opositores.
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«Vê-se logo que Vital Moreira não está no Parlamento Europeu...», comentou Ilda Figueiredo, da CDU.
Já Miguel Portas, do Bloco de Esquerda, acusou Vital Moreira de «falta de realidade». «Ele vive noutro mundo», afirmou, depois de comparar a «falta de autonomia» do cabeça-de-lista socialista com a autonomia de Manuel Alegre no PS.
4 contra 1 ou 12 contra 4?
Vital Moreira defendeu-se, argumentando que estava a assistir a um «quatro contra um»: «A coligação das esquerdas entende-se muito bem com a coligação das direitas.»
O democrata-cristão Nuno Melo, por sua vez, referiu que o debate era «um 12 contra quatro», aludindo aos socialistas que estavam na bancada a comentar.
Durão Barroso também esteve em cima da mesa, com Miguel Portas a ser o mais crítico no apoio de José Sócrates à reeleição do actual presidente da Comissão Europeia.
«A razão pela qual Sócrates apoia Durão Barroso é que a política de ambos é a mesma (...) O primeiro-ministro tem a mesma posição que Paulo Rangel. É a posição de dupla personalidade do PS (...) A opinião de Vital Moreira não conta para nada. O PS até consegue ser mais unânime que o PCP», disse o bloquista.
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A troca de «mimos» entre Vital e Rangel
Vital Moreira escusou-se a fazer um balanço do mandato de Durão Barroso, recordando as suas «objecções políticas e não pessoais».
Ilda Figueiredo relembrou a cerimónia de assinatura do Tratado de Lisboa, com «os grandes cumprimentos de Sócrates a Durão Barroso».
O tema serviu para os cabeças-de-lista do PS e do PSD trocarem novos «mimos». «Vital Moreira tenta desautorizar os adversários e não contestar os seus argumentos», acusou Rangel, ouvindo a reacção de seguida: «Eu não chamo nomes aos meus adversários. Quando for capaz de respeitar esse factor elementar num debate político tem a minha consideração», disse Vital Moreira.
Quando o social-democrata concluiu o debate, considerando o Tratado de Lisboa «um bom passo», a candidata da CDU sublinhou: «Aí está a Santa Aliança [PS e PSD]!»
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