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Louçã: «A política não é uma troca de gamelas»

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A polémica da «gamela» entrou em força na campanha para as autárquicas do Porto. Francisco Louçã discursou na noite desta sexta-feira na invicta e deixou de se referir ao tema que acendeu as principais candidaturas à autarquia. Para o líder bloquista, «a política não é uma troca de gamelas».

Louçã foi recebido no Porto com aplausos especialmente quando trouxe para ribalta uma entrevista do presidente da autarquia em que terá dito que só não se coligaria com o Bloco de Esquerda. «Rui Rio já nos deu a vitória e ainda não chegamos às eleições», declarou perante uma plateia de centenas de apoiantes entusiasmados.

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«Rui Rio estende a mão a todos, desesperado por pedir a maioria, mas deixa de fora o Bloco de Esquerda. Que elogio que ele nos fez», disse o bloquista que centrou o seu discurso na necessidade de tirar a maioria absoluta ao candidato do PSD, tal como o «Bloco de Esquerda fez com José Sócrates», salientando que o BE é o «único partido que o pode fazer».

Retirar o poder ao actual presidente da autarquia impõe-se não só pelo «totalitarismo» da sua governação, mas para destronar o «esquema do bloco central» que em campanha «inventa crises», mas que depois governa em conjunto. Louçã usou o tema do bloco central para se referir a recente polémica da «gamela». Para o líder, «a política não pode ser reduzida ao negócio de uma gamela. Não haverá nenhuma compreensão para quem pensa que a política é uma troca de gamelas», afirmou.

Mas Francisco Louçã não se cingiu apenas a polémicas. Louçã fez um discurso em que pede agora uma outra força ao partido. «Seremos fortes onde é preciso que sejamos fortes. Tínhamos mais deputados na Assembleia da República do que representantes no governo do poder local. O Bloco de Esquerda já é um grande partido nacional, tem de passar a ser um grande partido nas autarquias».

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No comício desta sexta-feira, praticamente a meio da campanha para as autárquicas do próximo dia 11 de Outubro e ainda no rescaldo das legislativas, Louçã fez mais uma vez uma análise aos resultados, reafirmando que o voto dos portugueses traduziu-se a derrota da direita e a «incapacidade de responderem aos problemas do país».

O líder bloquista não resistiu também a atirar uma farpa ao CDS-PP, o partido que roubou o pódio ao Bloco nas últimas eleições, afirmando que «o CDS é um parido de manhas submarinas».

No comício desta noite discursaram os candidatos do Bloco de Esquerda aos vários concelhos do Porto, sendo que, os principais visados foram os políticos da corrupção, segundo o BE, como Valentim Loureiro ou Fátima Felgueiras.

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