O presidente da Comissão Executiva do BES, Ricardo Salgado, revelou que o banco projecta iniciar uma operação bancária na Índia, tendo já abordado a questão com o ministro das Finanças daquele país.
«Ainda não está decidido (¿) mas estamos a estudar o lançamento de uma operação na Índia, conjugando banca de investimento e banca para empresas», disse o presidente do BES num jantar, terça-feira à noite, com jornalistas portugueses em Bordéus, avança a «Lusa».
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Ricardo Salgado adiantou que abordou essa possibilidade num encontro recente com o ministro das Finanças da Índia e este «mostrou interesse» em que o BES concretize esse projecto, apesar de a entrada de bancos estrangeiros na Índia estar ainda muito limitada.
A operação do BES na Índia, para a qual não foi ainda solicitada a licença às autoridades locais, «poderia ser em parceria com alguma instituição local, caso se entenda haver interesse», admitiu, mas também poderá ser individual e começando por aproveitar o conhecimento que o banco de investimento do grupo, o BESI, já tem daquele mercado, onde já realizou algumas operações.
O encontro com o ministro indiano ocorreu durante uma das visitas recentes de Ricardo Salgado àquele país, uma delas integrando a comitiva que acompanhou a visita do Presidente da República, Cavaco Silva, e foi a constatação das oportunidades existentes neste mercado, com uma economia, tecido empresarial e poder de compra em franco crescimento que despertou o interesse, além da presença ainda visível da antiga presença portuguesa, sobretudo em Goa.
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«São os países em desenvolvimento, como é o caso da Índia, de Angola e, embora a nível diferente o Brasil, que continuam a crescer», mesmo com a situação actual de arrefecimento da economia a nível mundial, sublinhou Ricardo Salgado, que considera por isso importante, para o banco e para as empresas portuguesas, estar mais envolvido com os países cujas economias crescem a maior ritmo.
A propósito, Ricardo Salgado referiu que o BES trabalha com duas empresas indianas da área das tecnologias, a Tata e a Iflex.
As acções do BES seguem a ganhar 2,59% para os 12,25 euros.
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