Os clientes do Banco Privado Português (BPP) que aderiram a uma associação para defender os seus direitos são já 60, revelaram esta terça-feira representantes seus, adiantando que vão reunir-se com a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM para denunciar as situações de que se consideram vítimas.
«Identificámos no Porto situações semelhantes às que já tínhamos identificado em Lisboa, ou seja, á maioria destas pessoas foram vendidos depósitos a prazo que na realidade não existem», disse à agência Lusa o advogado da sociedade MHG Associados responsável por este caso.
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«Foram ludibriados», disse Luis Miguel Henrique, que esteve no Porto para se reunir com clientes queixosos.
A associação surgiu por iniciativa deste escritório de advogados que, na sequência das queixas sobre a actuação da gestão do Privado, decidiu avançar com uma acção judicial no sentido de proteger os interesses dos clientes do banco.
A Associação de Defesa dos Clientes do Banco Privado Português (ADCBPP) tem procurado encontrar «outros apoios que possam dar expressão nacional a este movimento» e é nesse contexto que anunciou que vai reunir-se com a Comissão do Mercado de valores Mobiliários (CMVM).
«A associação solicitou ontem (segunda-feira) várias reuniões com carácter de urgência» e recebeu «com agrado a vontade manifestada pela CMVM de se reunir e de se inteirar dos problemas dos clientes do BPP», adianta a associação.
«Esta entidade (CMVM) tem um papel fundamental quanto ao apuramento da responsabilidade dos responsáveis do BPP relativamente ao regular funcionamento do mercado», consideram os responsáveis da associação, que reúnem quarta-feira á tarde com o regulador.
Pediram também reuniões, sem resposta até agora, á administração do Banco Privado Português, ao Secretário de Estado do Tesouro e Finanças e ao Banco de Portugal.
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