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Galp e Iberdrola aliadas contra a EDP

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A Petrolífera e a eléctrica espanhola entram no mercado das barragens, dominado pela EDP.

A Iberdrola escolhe a Galp, onde tem 4%, para atacar a EDP, onde tem 10%. A Iberdrola apontou baterias à Galp, depois de várias tentativas fracassadas para estabelecer uma aliança estratégica com a EDP, de quem é o maior accionista privado, com quase 10%, avança o «Diário Económico».

A eléctrica espanhola que, detém igualmente 4% da petrolífera portuguesa, a quem o Governo abriu as portas do negócio da electricidade, está a negociar com a Galp a constituição de um consórcio para concorrer à construção da central hidroeléctrica de Ribeiradio, no rio Vouga. O agrupamento seria um dos principais concorrentes da EDP que aparece aliada à Martifer.

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Esta infra-estrutura terá uma capacidade instalada de 70 MW, complementando, juntamente com a futura central do Baixo Sabor e os reforços do Alqueva, Bemposta e Picote, o novo Plano Nacional de Barragens. Trata-se de um conjunto de projectos que permitirão a Portugal cumprir a tão ambicionada meta de obtenção de 45% da energia a partir de fontes renováveis, recentemente imposta pelo primeiro-ministro José Sócrates e a concretizar até 2020.

Aliança pontual

Esta será uma aliança pontual, segundo o «Diário Económico». Mas, segundo fontes ligadas ao projecto, fica aberta a porta para os dez novos concursos que começarão a ser lançados a partir do próximo ano e relativamente aos quais a Galp fez saber que irá participar em todos, o mesmo acontecendo com a Iberdrola, embora haja quem defenda na petrolífera que as parcerias devem ser analisadas caso a caso.

O argumento é simples. Até agora, a Iberdrola tem -se recusado a revelar que destino pretende dar às participações que detém nestas duas empresas concorrentes, quer na electricidade, quer no gás natural.

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Afastada por pressão política e de alguns accionistas da EDP dos órgãos de gestão da maior eléctrica nacional e do conselho geral e de supervisão, órgão onde se define as orientações estratégicas da empresa, a Iberdrola nunca se deu por vencida. Fontes do sector garantem que a estratégia passou a ser «esperar para ver».

A prova está no facto de se ter remetido ao silêncio quanto à reclamação do cumprimento dos direitos que os quase 10% legalmente lhe conferem na EDP e de não se ter comprometido com uma data para a venda dos 4% na Galp, conforme chegou a prometer.

O discurso oficial passou a apontar estes activos como meras participações financeiras. Uma versão que foi reconfirmada na passada semana pelo presidente da Iberdrola Portugal. Joaquim Pina Moura afirmou durante o VI Fórum da Energia, promovido pelo Diário Económico que «são posições financeiras detidas há cerca de oito anos e que muito têm valorizado».

Há muito que se fala que Joaquim Pina Moura deverá em breve fazer uma proposta ao presidente do grupo espanhol, Ignácio Gálan, quanto ao futuro da participação na Galp e na EDP.

Uma coisa é certa. Esta semana ficará a saber-se qual será o novo plano estratégico da Iberdrola para os próximos anos, reajustado depois da compra da Scottish Power.

Contactada a Galp, não quis fazer quaisquer comentários.

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