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Cavaco avisa: «É preciso esperar pelo fim da crise»

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Presidente da República sublinha que Portugal terá de «olhar com atenção para as suas finanças públicas depois da crise»

Portugal e outros países terão de «olhar com atenção para as suas finanças públicas depois da crise», advertiu esta terça-feira em Edimburgo o Presidente da República, que admitiu haver decisões políticas difíceis de reverter, noticia a agência Lusa.

Falando em decisões políticas, Cavaco Silva alerta que é preciso esperar pelo fim da crise para escolher um caminho. Nessa altura têm de ser feitas outras opções políticas que «ao contrário do que os economistas dizem, são sempre decisões difíceis de reverter».

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Como exemplo deu os impostos e as despesas sociais. «É fácil aumentar impostos, é difícil subir impostos. É fácil aumentar despesas sociais, é difícil cortar despesas sociais».

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«Normalmente é feita agora uma decisão política para aumento da despesa discricionária ou diminuição discricionária da receita».

Frisando que não só Portugal está em situação de analisar com «muita atenção» para as suas finanças públicas, Cavaco Silva sublinhou que que existem «países em muito pior situação que Portugal», enumerando os casos da Irlanda, Espanha, Alemanha e Grécia.

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A perder muita receita fiscal

O Presidente respondia na qualidade de economista a uma pergunta sobre como deve reagir um país que perca 20 por cento de receitas fiscais nos primeiros meses do ano, situação que no início Cavaco Silva pensava referir-se ao Reino Unido.

«Portugal é um dos países que perde muita receita fiscal daquilo que se chama perda automática da receita fiscal. Há menos consumo, há menos receita de IVA, há menos lucros, há menos receita de imposto sobre as empresas, há mais desemprego, há menos salários e consequentemente menos IRS». Mas lembrou que «todos os países estão a perder bastante receita fiscal».

«Se fosse só por essa perda automática, no futuro, quando a economia melhorasse [e] a recuperação económica começasse, também automaticamente subiam as receitas do IVA porque aumentava o consumo, as receitas do IRC porque aumentavam os lucros, as receitas do IRS porque aumentavam os salários e dos rendimentos».

Mas a questão, sublinhou, é que o «problema orçamental» não está apenas na «chamada variação automática da receita», que são corrigidas automaticamente quando a crise acaba. Existem também, afirmou, decisões políticas.

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