«Não existem aqui (no OE 2006) medidas concretas que nos permitam dizer que os agentes económicos do Turismo terão novas armas para esgrimir nos mercados internacionais», afirmou Atílio Forte ao site «presstur.com», acrescentando que, ao contrário do que defendia a CTP, «este orçamento tem muitas finanças e pouca economia».
Para o presidente da Confederação, o documento que foi ontem apresentado pelo ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, ¿não diz como é que as empresas portuguesas vão ter maior competitividade¿, sobretudo nos mercados europeus, destacando o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) aplicado ao turismo, que o orçamento não prevê venha a ser reduzido, conforme pretende a CTP.
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Embora «saudando» o reforço das medidas de combate à fraude fiscal, Atílio Forte sublinha no entanto que o OE 2006 é omisso nas questões que dizem respeito à economia paralela, que «penaliza fortemente» a actividade das empresas do sector.
Refira-se que em declarações ao mesmo site, o responsável adianta como principal aspecto positivo do OE 2006 a previsão «mais realista» do crescimento da economia portuguesa, a intenção manifestada de reduzir a burocracia nos processos de licenciamento, embora sublinhando que a medida «não é nova» nem esclarece ainda como vai ser conseguida.
Para o dirigente associativo, que adianta ter já marcadas reuniões com os partidos políticos e com o Governo, «durante o próximo mês e meio teremos oportunidade de clarificar muito do que aqui está», acrescentando que o comentário possível nesta ocasião «carece de maior estudo e aprofundamento».
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