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Irregularidades na Hungria custam 15 milhões à Mota-Engil

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«Fortes indícios de omissão do dever de diligência» dos gestores

A Mota-Engil informou ontem à noite o mercado que detectou irregularidades nas contas da sua subsidiária húngara Magyarorszag e que, por isso, destituiu a respectiva administração. Esta situação deverá lesar a construtora em, pelo menos, 15 milhões de euros.

«Após o anúncio interno do alargamento à Hungria do projecto de homogeneização de processos e sistemas de informação do Grupo, que estava previsto para a segunda quinzena de Novembro, um dos administradores da sociedade de direito húngaro, Mota-Engil Magyarorszag, subsidiária da Mota-Engil Engenharia e Construção apresentou a demissão do cargo de director da sucursal da Hungria, o que levou a Comissão Executiva da Mota-Engil SGPS a determinar a imediata realização de uma análise à situação patrimonial daquela sociedade de direito Húngaro, por parte do gabinete de auditoria e risco do Grupo», pode ler-se no comunicado enviado à CMVM.

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A construtora portuguesa adianta que esta auditoria, apesar de não completa, «já permitiu concluir a existência de irregularidades nas demonstrações financeiras da referida sociedade relativas ao exercício corrente e exercícios anteriores, originadas por gestão danosa e fraudulenta do quadro demissionário, e fortes indícios de omissão do dever de diligência dos demais administradores da sociedade».

E acrescentam: «De acordo com a informação recolhida até à data, e sempre com a ressalva de que a mesma tem um carácter preliminar, estima-se um impacto negativo de aproximadamente 15 milhões de euros na situação patrimonial da Mota-Engil Magyarorszag, relacionado com o valor de realização de activos e com passivos não relevados contabilisticamente e respeitante a operações de exercícios anteriores».

Desta forma, a comissão executiva da Mota-Engil decidiu proceder à destituição da totalidade dos membros do órgão de administração da subsidiária húngara, promover a instauração de processo crime contra o dito quadro demissionário e incertos e ordenar a realização de auditoria externa com vista ao apuramento rigoroso e definitivo dos impactos patrimoniais da referida actuação.

As acções da Mota-Engil seguem a cair 0,81% para os 2,32 euros.

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