O conselho de redacção (CR) do jornal «24horas» considera que o título foi desprezado pela administração da Controlinveste no processo de reestruturação do grupo, que implicou um despedimento colectivo de 122 pessoas, avança a Lusa.
Num comunicado emitido esta terça-feira, e a que a agência teve acesso, o CR manifesta «estranheza quanto à subalternização do título 24horas que aparece excluído no quadro das 'medidas de reestruturação em curso', no que concerne à redução de custos para o ano de 2009».
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Segundo o CR, no documento justificativo do despedimento colectivo não consta «acerca do 24horas, nem uma linha quanto à definição do seu futuro a curto e médio prazo, mostrando (¿) desprezo pelo trabalho dos seus profissionais».
O despedimento dos 10 trabalhadores (nove deles jornalistas) da empresa que compõem a redacção do Porto já tornou, de acordo com o CR, «visíveis as dificuldades acrescidas na produção e no fecho do jornal».
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O CR contesta a afirmação contida num documento da administração que defende que «a informação regional não tem grande peso e pode ser facilmente suportada pela rede de colaboradores ocasionais ou através de cedência/permuta de conteúdos com outras publicações da empresa e do grupo».
Os membros o CR do «24 Horas» mostram-se ainda preocupados com a falta de informação quanto ao processo de reestruturação em curso no grupo liderado por Joaquim Oliveira.
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Na nota, o CR pede ainda «que a direcção e o corpo redactorial definam ou redefinam a identidade do jornal, tomando medidas urgentes de reestruturação interna e na aplicação de um plano editorial de ataque ao mercado da imprensa».
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A Lusa contactou ainda o director do «24horas» que se escusou a fazer comentários sobre o comunicado do conselho de redacção do jornal, enquanto a administração esteve indisponível.
Os conselhos de redacção de O Jogo, Diário de Notícias e Jornal de Notícias já tinham reagido na semana passada ao despedimento colectivo de 122 colaboradores, metade dos quais jornalistas, anunciados pelo grupo na quinta-feira.
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