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Estradas: antigos ministros preocupados com endividamento

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Garantias estatais são negativas, dizem Medina Carreira e Campos e Cunha

Os ex-ministros das Finanças, Medina Carreira e Campos e Cunha, estão preocupados com as «consequências negativas sobre o endividamento do país», originadas pela concessão de garantias por parte do Estado aos bancos para financiar a construção de duas concessões rodoviárias.

«Tudo o que façamos vai ter repercussões na dívida externa. Numa altura em que os capitais são mais raros e difíceis, isto terá consequências pesadas no financiamento do futuro», disse à agência Lusa o advogado e fiscalista Henrique Medina Carreira.

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O antigo ministro do Governo de José Sócrates, Luís Campos e Cunha, afirmou, por seu turno, que a necessidade de garantias públicas a empresas privadas revela, entre outros aspectos «preocupantes».

«No futuro, o Orçamento vai ficar sobrecarregado com endividamento, impedindo o Estado de exercer cabalmente as suas funções», avança.

Caso de «novo riquismo deplorável»

Os antigos ministros das Finanças comentavam assim a possibilidade de o Governo garantir 50 por cento do financiamento das concessões rodoviárias Pinhal Interior e Auto-Estradas do Centro, noticiada esta segunda-feira pelo «Jornal de Negócios».

«É um novo-riquismo verdadeiramente deplorável¿ o problema é simples, é uma família que tem pouco e tem dificuldades, e vai gastar o pouco que obtém do crédito para estragar em outras coisas», afirmou à agência Lusa Henrique Medina Carreira.

«Estamos a criar uma grande hipoteca sobre o futuro, estamos a endividar-nos, para uma coisa que não é estritamente indispensável. [Portugal] É como uma família que tem pouco e em vez de gastar o pouco que tem no essencial vai gastar o que tem numa coisa secundária», acrescentou.

Já o antigo ministro das Finanças, Luís Campos e Cunha, considera que «as notícias sobre a necessidade de garantias públicas a empresas privadas para realizarem investimento público revelam vários aspectos, todos eles preocupantes».

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