Os analistas do BNP Paribas estimam que os lucros da EDP no primeiro semestre fiquem praticamente inalterados nos 423 milhões de euros face aos 422 milhões no período homólogo. Em antecipação aos resultados que vão ser conhecidos na quarta-feira, após o fecho de mercado, o banco emitiu uma nova nota de research, na passada sexta-feira, em que avalia a acção como «neutral» e com um preço alvo de 4,20 euros.
Os especialistas justificam que os resultados «pobres» do segundo trimestre deste ano são afectados pelos efeitos da sazonalidade e de taxas de depreciação mais elevadas. «Os lucros operacionais esperados são de 372 milhões no segundo trimestre, 31% abaixo do que no primeiro trimestre» sublinham.
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No entanto, realça que maioria dos restantes indicadores não têm uma base comparável com o período homologo já que este semestre é o primeiro que reflecte a consolidação da compra da norte-americana Horizon Wind Energy.
«Mantemos a nossa recomendação de «neutral» para o título uma vez que a filial das renováveis já tem impacto e não existem catalisadores para o valor da acção», adianta o BNP Paribas.
Quanto ao EBITDA, é esperado um crescimento de 12% para os 1,52 mil milhões de euros. «Excluindo a contribuição da Horizon, prevemos um aumento de 8% do EBITDA, sobretudo por causa do crescimento da Neo Energia, uma subida da actividade de distribuição na Península Ibérica de 10%, depois das melhorias regulatórias em Espanha e uma estabilização da recuperação do défice tarifário em Portugal», acrescentam.
Pelo lado negativo, o banco estima que o EBITDA da unidade do Brasil (Energias do Brasil) reporte uma queda de 12%.
Com um preço alvo de 4,20 euros, as acções da EDP ficam com um potencial de valorização de 22% face ao valor de fecho de sexta-feira.
Nesta sessão, os títulos seguem a cair 1,31% para os 3,40 euros.
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