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Benfica diz que preço da OPA é 11% inferior ao que devia

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(Notícia actualizada)

A SAD Benfiquista já se pronunciou sobre a Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pelo empresário Joe Berardo sobre 85% do seu capital. E considera-a «inoportuna».

Em comunicado, a SAD encarnada adianta que a oferta é inoportuna por, «menos de dois meses após a admissão à negociação das acções da Benfica SAD à Euronext Lisbon, se apresentar com uma contrapartida de baixo valor» e também porque não existe, «designadamente no projecto de prospecto, um plano estratégico da Oferente para a Benfica SAD, que lhe permita emitir um parecer fundamentado sobre os objectivos e condições desta Oferta».

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No que se refere à contrapartida oferecida pelo empresário, de 3,5 euros por acção, a SAD considera ser «inferior, em mais de 11%, à cotação média ponderada das acções da Benfica SAD no período compreendido entre 22 de Maio de 2007 (data de admissão à NYSE Euronext Lisbon) e 14 de Junho de 2007, que é de 3,94 euros, cotação que constituiria, caso a sociedade visada estivesse cotada há mais de seis meses, um valor de referência mínimo a pagar em caso de OPA obrigatória, nos termos do artigo 188.º do Código dos Valores Mobiliários».

«O valor contabilístico dos capitais próprios de uma Sociedade espelha, por definição, a situação financeira histórica da mesma, não incorporando as perspectivas futuras dos negócios, pelo que, a comparação deste valor com a contrapartida da Oferta, tal como apresentada no projecto de prospecto da Oferta, não será por si só um indicador apropriado do valor das acções da Benfica SAD. De qualquer forma, é de referir a evolução positiva registada nos capitais próprios que aumentaram 36% no primeiro semestre de 2006/2007 face ao exercício de 2005/2006», lembra a SAD.

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A empresa recorda também que a cotação das acções da Benfica SAD, após o anúncio preliminar da Oferta, «tem-se situado sempre acima do valor da contrapartida oferecida, reflectindo a percepção dos investidores e do mercado de que o valor intrínseco das acções deverá ser superior a 3,5 euros» e lembra ainda que «o valor nominal unitário das acções da Benfica SAD é de cinco euros, pelo que a contrapartida oferecida na Oferta representa um desconto de 30% relativamente a este valor».

Berardo é vago e não apresenta planos estratégicos

Uma das maiores críticas apontadas pela SAD benfiquista à oferta de Joe Berardo é a inexistência, nos projectos de prospecto e de anúncio de lançamento da Oferta, de «um plano estratégico consistente», limitando-se o mesmo a usar expressões como «influência na gestão» e «melhoria na mesma».

Sobre a proposta de constituição de um fundo de jogadores, o Benfica diz ser uma «solução financeira configurável de múltiplas formas e que só pode ser valorada no contexto de um plano estratégico global e/ou em face de uma proposta concreta». Quanto à «aposta mais forte na escola de futebol», a SAD classifica-a como «uma expressão que, pela sua formulação genérica, não permite descortinar quais os objectivos concretos e formas de os atingir, que se possam inserir numa estratégia de melhoria da gestão».

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De resto, aponta a SAD, Berardo também não explicita «sobre o tempo e o modo de execução dessas eventuais soluções de gestão».

«Face à ausência de apresentação de um plano estratégico, designadamente no projecto de prospecto apresentado pela Oferente, não pode o Conselho de Administração da Benfica SAD emitir, sobre esta matéria, qualquer parecer autónomo e fundamentado», conclui.

Assim, a SAD considera que «a Oferta, nos moldes em que lhe foi apresentada, não é oportuna, dado que não reúne as condições adequadas à aceitação da mesma por parte dos seus destinatários».

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