O accionista da Sociedade Lusa de Negócios (SLN), antiga dona do Banco Português de Negócios (BPN), Joaquim Coimbra, diz não se arrepender de ter afastado o antigo presidente do grupo, José Oliveira e Costa. «Não me arrependo de o ter feito».
Numa carta a que a Lusa teve acesso, o accionista acusa Oliveira e Costa de ter prestado no Parlamento um «conjunto de invenções, mentiras e insinuações», com o único objectivo de se vingar.
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Joaquim Coimbra lembra que não afastou o então presidente sozinho, tendo-se tratado de uma «decisão colectiva» de um grupo de accionistas, com vista a «conferir transparência à instituição e promover a substituição de Oliveira Costa, por se considerar, entre outras razões, que a direcção de um grupo da dimensão da SLN não podia ser obra de um homem só».
Sobre as palavras de Oliveira Costa na comissão de inquérito ao caso, Joaquim Coimbra nega a acusação do antigo presidente do grupo de que os accionistas se opuseram à venda da SLN e que queriam a sua destruição.
E garante que a venda do banco só não se fez «por falta de pagamento» dos alegados compradores.
Coimbra revela que a 08 de Março e a 01 de Julho de 2008 chegou a assinar «acordos de venda». «Ou seja, não só não houve oposição à venda, como existiram mesmo documentos formais assinados com tal objectivo».
Joaquim Coimbra reitera nunca ter tido «qualquer relação com o Banco Insular de Cabo Verde», país onde admite ter «negócios e investimentos» mas «legítimos» e «conhecidos».
O accionista da SLN só lamenta que a comissão de inquérito não tenha acedido a voltar a ouvi-lo.
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