Questionado se o avanço dos projectos depende dos relatórios a receber e a estudar pelo ministro, Campos e Cunha foi evasivo: «é quase uma verdade ¿La Palisse¿, mas temos que analisar os projectos, a forma do seu financiamento, da sua organização, se é financiamento público ou privado, se o comboio entra em Lisboa pelo Sul ou pelo Norte, há muitas coisas que têm que ser estudadas».
No entanto, Campos e Cunha recusa, também, classificar o compromisso do Governo, em avançar com estes dois projectos antes de se conhecerem os planos concretos, de «precipitado».
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Questionado sobre se o avanço dos projectos depende das análises prévias, Campos e Cunha limita-se a dizer que «há sectores estratégicos em relação aos quais temos de investir. A Alta Velocidade tem muitas cambiantes, e muitas soluções e muitos aspectos que não estão ainda estudados».
Na Comissão de Orçamento e Finanças, o responsável pela Pasta das Finanças reiterou a opinião expressa durante o fim-de-semana num artigo publicado no «Público», de que nem todo o investimento se traduz necessariamente no aumento da produtividade e no crescimento económico e que, por isso mesmo, os projectos em que se investe devem ser melhor seleccionados.
Campos e Cunha diz serem excepção os projectos de interesse social, que se sobrepõe ao interesse económico. O ministro considera que «houve investimentos avultados nos últimos anos, mas que não se têm traduzido em aumentos de produtividade para o caso português», dando como explicação o facto de, até agora, «os projectos de investimento terem uma má selecção».
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