A instabilidade que se tem feito sentir nos mercados financeiros nos últimos tempos, a par com o abrandamento da economia dos EUA, levou a S&P a baixar a sua estimativa de crescimento económico para a Zona Euro, em 2008, dos anteriores 2,4% para 2,2%. Para este ano, a agência aposta numa taxa de crescimento de 2,5%, adiantando ainda que a inversão desta tendência de aceleração se deu no segundo trimestre deste ano.
Num relatório tornado público esta quarta-feira, a S&P culpa a «turbulência financeira», que está a «amplificar a descida dos mercados imobiliários» e que está, com isso, a causar um abrandamento maior do que se esperava da economia europeia. É que a instabilidade está a levar, como se sabe, a um agravamento dos custos de financiamento através do crédito.
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Apesar da revisão em baixa, a agência garante que os efeitos desta crise nos mercados europeus são «limitados» e vão variar de país para país. Os menos afectados, estima, serão aqueles cujo crescimento se baseia no aumento do investimento e que não registaram fortes subidas de preços imobiliários no passado, como é o caso da Alemanha, Áustria e Holanda. Na outra ponta da lista, na rota dos maiores estragos, estão Espanha, França e Itália.
O impacto vai depender, ainda assim, da resistência dos fundamentos económicos europeus a um choque externo, da forma como o poder político lida com a turbulência dos mercados monetários e de crédito e a dimensão da subida dos custos do crédito.
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