Estes custos, também conhecidos por custos de decisões de política energética, pagos pelas tarifas da electricidade vão ascender este ano a mais de mil milhões de euros. Em causa está um valor global de 1043 milhões de euros, que corresponde a 20,7% do preço médio das tarifas de venda a clientes finais, avança o «Diário de Notícias».
A conta reflecte já a requalificação de custos prevista na revisão extraordinária das tarifas eléctricas, que vai permitir descer os preços, em média, 3,1% a partir de Setembro, e que foi divulgada na sexta-feira. Os custos de interesse económico geral, também chamados de «políticos», reflectem decisões de política energética e opções dos governos de passar para tarifa certos encargos, que podem não resultar directamente do custo da produção da energia.
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O pagamento de rendas aos municípios pela passagem da rede eléctrica, obrigação que não existe em Espanha, e uma tarifa mais elevada à produção em regime especial para incentivar a energia renovável, são os mais importantes, mas não os únicos, convergência de tarifas das ilhas, onde é mais caro produzir energia, com o Continente, e a remuneração dos terrenos das centrais, são outros.
Estes encargos subiram cerca de 50% entre Janeiro e Setembro, passando de 13% para 20,7% das tarifas. O aumento é explicado pela entrada do novo regime de venda de electricidade que utiliza um preço de referência inferior ao que estava em vigor, o que faz subir o sobrecusto a pagar à energia renovável, sem que isso signifique que esta custe mais. As compensações devidas às eléctricas pelo novo regime, 68,6 milhões de euros, também explicam a evolução.
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