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Euribor a seis meses em novo máximo

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Prestações já aumentaram várias vezes

Passo a passo, a Euribor a seis meses, principal indexante dos contratos de crédito à habitação no nosso País, vai registando sucessivos máximos. Há oito anos que não se registavam níveis tão altos.

A taxa comercial voltou a aumentar esta quinta-feira, dos 5,175 para os 5,179%.

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Também a Euribor a um ano aumentou, embora menos, passando dos 5,336 para os 5,337%. Já a Euribor a três meses desceu dos 4,959 para os 4,958%.

São sobretudo más notícias para quem tem créditos contraídos junto da banca, já que a tendência de alta se tem mostrado bastante consistente nos últimos meses.

Culpa é da crise financeira

A culpa, tendo em conta que o Banco Central Europeu (BCE) até manteve a taxa de referência para a Zona Euro estável nos 4,25%, é sobretudo da instabilidade financeira, que se reflecte no mercado do crédito.

As Euribor, além de servirem de indexantes dos créditos são também taxas interbancárias, ou seja, é também a elas que estão indexados os empréstimos que os bancos fazem entre si.

A crise desencadeada pelo subprime fez aumentar o número de bancos a pedir dinheiro emprestado e fez diminuir o número de instituições com dinheiro disponível para emprestar às outras.

Para além disso, o aumento do risco faz que as taxas se mantenham elevadas.

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Inflação é o maior inimigo

O BCE tem vindo a reiterar que tudo fará para garantir a estabilidade de preços, ou seja, para trazer a taxa de inflação de volta para níveis em torno dos 2%. Actualmente a taxa de inflação da Zona Euro está muito acima disso e as previsões apontam para que a mesma continue em níveis elevados. De resto, tanto o BCE como a Comissão Europeia elevaram recentemente as suas projecções para este indicador.

Já no que se refere à economia, as duas entidades são unânimes em considerar que o crescimento da Zona Euro deve ficar este ano abaixo do que anteriormente se esperava. 2009 também não será um ano fácil. Agora, resta saber se a pressão inflacionista será ou não suficiente para ofuscar o abrandamento económico e fazer com que o BCE mantenha o preço do dinheiro em níveis tão altos.

A maioria dos analistas acredita numa descida das taxas ainda este ano e noutra nos primeiros meses do ano que vem.

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