O actual presidente do Banco Caixa, pertença da Caixa Geral de Depósitos (CGD) em Espanha, Fernando Faria de Oliveira, será o novo presidente do banco público português, substituindo assim Carlos Santos Ferreira, que se demitiu para se candidatar à presidência do BCP.
Faria de Oliveira foi também ex-ministro do Governo de Cavaco Silva, sendo assim próximo do PSD, factor que terá pesado na escolha do Executivo. É que a oposição não tem poupado críticas ao Governo pelo facto de Carlos Santos Ferreira e Armando Vara, ambos próximos do PS, estarem na corrida à liderança do BCP, quando o governador do Banco de Portugal, que regula a banca, Vitor Constâncio, também tem um histórico socialista. O líder do maior partido da oposição, Luís Filipe Menezes, chegou mesmo a sugerir que, tendo tudo isto em conta, o novo líder da CGD deveria ser escolhido entre as fileiras do PSD.
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Historicamente tem existido em Portugal uma espécie de pacto informal sobre a alternância política entre os líderes da CGD e do Banco de Portugal e, com esta escolha, o Governo parece seguir essa linha.
Fernando Faria de Oliveira tem 66 anos, é licenciado em Engenharia Mecânica pelo Instituto Superior Técnico e tem no currículo vários cargos políticos. Foi, nomeadamente, secretário de Estado da Exportação, secretário de Estado das Finanças e do Tesouro e Ministro do Comércio e Turismo.
No ramo empresarial, passou pela Agência Portuguesa de Apoio ao Desenvolvimento, pela Siderurgia Nacional, pelo Banco de Fomento e Exterior, pelo Instituto de Comércio Exterior de Portugal e pela Empresa Geral de Fomento. Integrou também a administração dos Hospitais Privados e da TAP, de onde saiu para o banco espanhol da Caixa Geral de Depósitos.
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