A ronda suplementar de negociações entre o Ministério do Trabalho e Administração Pública e os sindicatos da função pública não trouxe quaisquer novidades. O acordo não foi atingido e, poucos dias depois da paralisação dos funcionários, já há quem admita que agora vale tudo para fazer o Governo rever a sua posição.
O Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) foi quem pediu esta negociação extra, depois de as rondas iniciais não terem levado a qualquer consenso e terem mesmo desembocado numa greve dos funcionários, no passado dia 30 de Novembro.
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Em causa estão, sobretudo, os aumentos salariais para 2008. O Governo começou as negociações com uma proposta de 2,1%, igual à taxa de inflação prevista para o ano que vem, e não arredou pé, apesar de os sindicatos exigirem aumentos superiores, para repor algum poder de compra no sector.
Agora, e com esta última reunião a não trazer nada de novo, a Frente Comum vai equacionar com os trabalhadores todas as formas de luta, inclusive a greve.
«A greve de sexta-feira foi um sucesso e um passo em frente e não vamos ficar por aqui, porque o Governo mantém uma postura de quero, posso e mando», afirmou a coordenadora da Frente Comum, Ana Avoila, citada pela «Lusa».
«Vamos equacionar todas as formas de luta», adiantou Ana Avoila, acrescentando que a reunião desta quarta-feira «não trouxe nada de novo».
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