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Galp assina acordo de «longo prazo» com Venezuela

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As petrolíferas dos dois países vão envolver-se em projectos conjuntos

A Galp Energia assinou na passada terça-feira um acordo de longo prazo com a Petróleos de Venezuela (PDVSA), que visa sobretudo projectos de gás natural liquefeito, parte do qual será para abastecer 30 por cento das necessidades de Portugal.

«Na próxima década, a Galp quer adquirir 2 mil milhões de metros cúbicos (bcm) de gás natural (por ano) na Venezuela, correspondente a um terço dos consumos de gás em Portugal» afirmou o presidente da Petrolífera portuguesa, Ferreira de Oliveira, sublinhando que o preço de compra terá que ser «competitivo para o mercado europeu».

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Mas o acordo não fica por aqui. Para além da «dimensão comercial, de longo prazo», há também uma vertente estratégica. A Galp vai envolver-se «na avaliação e análise de projectos e a participação em negócios no sector e, em concreto, no projecto de liquefacção do Gran Mariscal de Ayacucho», na Venezuela.

«O gás natural será entregue pela petróleos da Venezuela a uma empresa mista que terá maiores parceiros estratégicos, um dos quais a Galp», avançou Ferreira de Oliveira. A participação da Galp neste projecto específico, será definida em função dos consumos, «entre 20 e 25 por cento».

Objectivo é dar resposta ao mercado português

«São projectos de alianças estratégicas de longo prazo desde área de produção até ao destino final. Esse é o desejo dos governos dos dois países e das duas empresas», comentou também o presidente da PDVSA e ministro da Energia da Venezuela, Rafael Ramirez.

O objectivo da Galp é ter petróleo e gás suficientes para dar resposta ao seu mercado em Portugal e Espanha. A instalação de liquefacção só estará pronta entre 2011 e 2013. Para que este gás chegue a Portugal, será mesmo preciso esperar até 2013. Até lá, a petrolífera portuguesa, que garante não ter urgência, vai servir-se das duas fontes de gás com que já conta: a Argélia e a Nigéria.

«Estamos a fazer muito rapidamente com os trabalhos das equipas técnicas das duas empresas. Estamos seguros de que, em muito curto prazo, vamos ter resultados desta cooperação tão importante entre dois países com interesses comuns, com passado recente comum e um futuro muito promissor», assegurou ainda Rafael Ramirez.

Este acordo, significa ainda para a Galp um abrir de mais portas naquele país. «Outros projectos estratégicos, que temos em curso na Venezuela, poderão levar a que a nossa empresa, através de um sociedade mista, venha a produzir gás e que através de acordos «swap» poderá vir a abastecer a própria planta de liquefacção», acrescentou o presidente da Galp.

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