porém, mas «não pode fazer nada» e vai continuar a aplicar medidas de estímulo à produtividade e competitividade da economia, afirmou hoje o ministro da Economia.
Portugal «é um país pequeno, que não pode influenciar de qualquer forma o preço do petróleo», mas «tem de reagir de forma positiva, fazendo um esforço para que tenha uma produtividade e competitividade cada vez maior», disse Manuel Pinho à margem de um encontro com o ministro da Roménia.
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O Governo «não pode fazer nada, porque os preços são determinados pelo mercado».
Este aumento, justificou, tem flutuado ao sabor do aumento da procura em países de grande dimensão e da instabilidade política em produtores como o Iraque e Irão.
Questionado sobre medidas a aplicar pelo Governo para atenuar os efeitos da escalada de preços, Pinho adiantou «o apoio ao investimento, a criação de uma situação mais favorável para as empresas desenvolverem os seus negócios e o não abdicar do rigor necessário ao nível das finanças públicas».
«A solução é só uma: trabalhar cada vez mais e aumentar a nossa produtividade e competitividade», sustentou o ministro.
Quanto à descida das previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) para o crescimento da economia portuguesa, Pinho afirmou que os indicadores mais recentes apontam para uma trajectória de recuperação.
«Existem indicações sólidas e concretas de que, desde o final de Setembro do ano passado, os indicadores avançados da economia inverteram a tendência» de descida, nomeadamente o investimento e as exportações.
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«É nisso que nos devemos fixar. A situação foi e é difícil, mas iniciámos uma trajectória mais positiva de crescimento», afirmou, antes de lembrar que o Governo «herdou uma situação difícil».
«Desde Setembro iniciou-se uma tendência no sentido positivo, e estão criadas condições para um crescimento mais sólido e menos artificial», adiantou.
Pinho remeteu para o ministro das Finanças uma reacção ao último relatório do Banco de Portugal, divulgado na terça-feira, que levanta dúvidas quanto à sustentação da retoma da economia portuguesa.
«Eu preocupo-me com o crescimento da economia, produtividade e competitividade», afirmou.
Manuel Pinho recebeu hoje o vice primeiro-ministro da Roménia, num encontro destinado a partilhar a experiência portuguesa de gestão de fundos comunitários.
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