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Grandes bancos espanhóis estudam entrada no BCP

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A crise no banco fundado por Jardim Gonçalves está a despertar interesse de bancos nacionais e espanhóis.

De acordo com o «Público», os principais grupos espanhóis, BBVA, Banco Popular e Banco Sabadell, estão a estudar uma possível entrada no capital do Banco Comercial Português (BCP), tendo constituído equipas específicas para avaliar de que modo a mesma se poderá concretizar. A hipótese BBVA é, no entanto, a mais ameaçadora, dada a sua dimensão, com a instituição espanhola a estudar a operação como um todo. Mesmo dentro do BCP este ataque é dado como provável.

O interesse despertado pelo BCP não se fica, no entanto, por aqui. O BPI, com 8,5 por cento do BCP, é quem se encontra melhor posicionado para uma solução amigável. E há sinais de que as movimentações para «tomar conta» da instituição, ou de parte desta, envolvem ainda o Banco Espírito Santo (BES), aliado à Caixa Geral de Depósitos (CGD), contando com apoio do Governo. O Santander também não está de fora e estará a apoiar o BES como adviser numa possível solução para o BCP.

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Ontem, as informações à volta do BCP atingiram o auge, com os investidores institucionais a admitirem o aparecimento de uma oferta bolsista que acabou por não chegar. Ainda assim, a cotação do maior banco privado português voltou a cair.

Neste momento, todos estão a olhar para o BCP por três motivos: pela dimensão-é o maior banco privado em Portugal e tem operações na Polónia, Grécia, Roménia, Angola e Moçambique; pelas suas ramificações-tem posições accionistas em várias empresas nacionais; e porque não está destruído do ponto de vista orgânico. Mas ainda por um outro factor relevante: a degradação da situação que hoje se vive leva os rivais a acreditar que o banco não dispõe de uma solução construída pelos accionistas e pelos órgãos de governação.

É neste cenário que as instituições espanholas criaram grupos com a única finalidade de estudar um «ataque» ao BCP, bem como o modo ideal para alcançarem os seus objectivos, o que passa por contornar eventuais tensões políticas e por desenhar um desfecho amigável. Mas, na sua estratégia, encontraram um obstáculo: a ausência de interlocutor para dialogar, por falta de uma liderança accionista clara no BCP.

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