Um maço de Ducados fica 50 cêntimos mais barato, ou seja, 2 euros. Quanto ao Ducados Rubio, o preço mantém-se nos 1,75 euros.
Caso este cenário de preços se mantenha, a Altadis prevê um impacto negativo estimado em 170 milhões. Este valor tem em conta a geração de poupança de 80 milhões de euros e o grupo espera somar até 2008 um total de 200 milhões.
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Recorde-se que, na semana passada, a Philip Morris foi a primeira tabaqueira a anuncir uma descida dos preços das suas marcas de tabaco, como a Marlboro, a L&M e a Chesterfield, em Espanha. A norte-americana decidiu baixar os preços em 40 cêntimos, para apenas 2,35 euros, em vez dos 2,75 euros, no caso dos Marlboro. Os L&M passaram para 1,75 euros e os Chesterfield para os 2 euros.
Cada pessoa pode comprar até 40 maços
A guerra em torno do preço do tabaco em Espanha surge depois do Governo ter aprovado uma rígida lei anti-tabaco, que proíbe o acto de fumar em muitos locais públicos e de trabalho e que limita também fortemente os pontos de venda autorizados. Além disso, o Governo optou também pelo aumento do Imposto sobre o Tabaco, tal como acontece em Portugal. As tabaqueiras sentiram a necessidade de subir os preços para compensar a quebra das receitas e a primeira a fazê-lo foi a hispano-francesa Altadis. A Philip Morris contra reagiu baixando os preços e obrigando agora a Altadis a voltar atrás e a seguir a sua descida.
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Com as descidas dos preços, o tabaco em Espanha fica mais barato do que em Portugal, onde o Marlboro, por exemplo, custa agora 2,55 euros e vai passar a custar em breve 2,90 euros, também devido ao aumento do imposto.
Muitos portugueses vão já a Espanha regularmente comprar vários produtos que são mais baratos lá do que cá, como o gás, combustíveis, etc. Com esta «migração» do consumo para Espanha, quem perde é o Estado português, que arrecada menos impostos.
Cada português pode comprar até 40 maços de tabaco para consumo próprio. Mais do que isso é considerado tráfico e as autoridades já anunciaram que estão a apertar o cerco ao contrabando, que se prevê aumentar para 5% do total do mercado português. Um aumento que pode custar até 90 milhões de euros ao Estado português, segundo o «Diário de Notícias» de hoje.
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