Segundo o responsável, para usufruir de um mercado europeu real é preciso eliminar as tarifas, desenvolver as interconexões, harmonizar a retribuição das actividades reguladas e definir uma política sustentável e que garanta a segurança das provisões.
«No sector energético europeu não se cumprem hoje os pilares fundamentais do Tratado da União e dão-se demasiadas assimetrias regulatórias e no grau de concentração dos mercados nacionais», afirmou Ignacio Galán, presidente da Iberdrola, no decurso de uma conferência sobre o mercado eléctrico, em Santander.
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Galán sublinhou ainda a existência de «barreiras de entrada» e referiu que «a maior parte das empresas está sob controlo público e as interconexões são limitadas, facto particularmente visível na Península Ibérica. Além disso, há muitas regulações e um grau de concentração distinto nos mercados nacionais».
De acordo com a empresa, todas estas circunstâncias levam a que empresas energéticas europeias não estejam a competir em igualdade de condições. Assim, o presidente da Iberdrola disse que «estas assimetrias têm um claro reflexo na situação empresarial europeia, permitindo a muitas companhias ter capacidade para crescer por aquisições de empresas de outros países que não gozam nem de protecção accionarial pública nem de vantagens regulatórias e retributivas».
Beneficiar de um mercado único europeu de enrgia «requere a eliminação de todas as barreiras que impedem o seu desenvolvimento», comento Galán. Desta forma, seria necessário, entre outras coisas, «desenvolver as interconexões e gerir correctamente as existentes, eliminar as tarifas a 1 de Julho de 2007, como estabelece a Directiva, harmonizar os critérios de retribuição das actividades reguladas, e separar as actividades de geração e transporte».
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