O Produto Interno Bruto (PIB) adicional atribuível à construção do Metro do Porto em termos de impacto médio anual foi de 145,4 milhões de euros para o período de 1995 a 2006, de acordo com o seu Livro Branco, que vai ser apresentado esta segunda-feira.
«O conjunto dos benefícios sociais anuais é estimado em 353 milhões de euros, sendo os utilizadores do Metro aqueles que mais beneficiam (51,8% do total)», refere o mesmo.
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Foram gerados 6.705 postos de trabalho equivalente a tempo completo em média por ano, no mesmo período.
Segundo a empresa, a construção do Metro foi feita com recurso «quase exclusivo» a empréstimos. Os custos totais são superiores às receitas totais nos quatro cenários para todos os anos do período de avaliação, a partir de 2000. No entanto, se adicionarmos às receitas operacionais, as externalidades económicas, sociais e ambientais promovidas pela construção e funcionamento do Metro, os resultados passam a ser fortemente positivos.
Custo do transporte baixou 27% desde 2003
«A taxa interna de rentabilidade económica associada a este valor situa-se entre 91% e 92%, valores que tornam altamente rentável os investimentos associados ao Metro do Porto», adianta.
Diz ainda a Metro do Porto que a sua quota de mercado, em termos de número de clientes, é de 12,5 por cento. «O Metro do Porto apresenta actualmente uma rede que, quer em extensão, quer em número de estações é já superior à do Metro de Lisboa e à de outros sistemas de metro com afinidades geográficas como são os casos de Lyon e Bilbao», afirma.
A empresa considera que as taxas de cobertura potencial já são bastante significativas cifrando-se em 40% dos postos de trabalho presentemente oferecidos e 22% da população total residente na área metropolitana. 65,4% dos clientes metro foram conquistados aos outros transportes colectivos públicos. 23,6% provém do transporte individual. Ainda cerca de 11 mil veículos automóveis deixaram de circular diariamente na AMP, em consequência do aparecimento do metro.
O Livro Branco realça também que os actuais utilizadores do Metro conheceram no período 2003-2007, uma «redução de cerca de 27% no custo de transporte (a preços de 2007)».
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