Esta pressão sobre o grupo que detém a TVI, a Media Capital, «colide com a independência» dos órgãos de comunicação social.
A AACS concluiu ainda que «não se aplica a um comentário político, tal como a uma coluna de opinião num jornal, a exigência técnica e deontológica do contraditório», referiu Artur Portela, responsável da entidade.
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No início de Outubro, Gomes da Silva acusou Marcelo Rebelo de Sousa de destilar «ódio ao primeiro-ministro e ao Governo» nos seus comentários televisivos, disse-se revoltado com as suas «mentiras e falsidades» e pediu a intervenção da Alta Autoridade no processo, em defesa do contraditório.
Dias depois destas declarações e após uma conversa com o presidente da administração da TVI, Paes do Amaral, Marcelo Rebelo de Sousa anunciou o fim dos seus comentários televisivos.
Os principais partidos políticos já reagiram: o Bloco de Esquerda pede a demissão do ministro Gomes da Silva, o PS quer um debate de urgência no Parlamento com a presença do primeiro-ministro e o PSD, da maioria parlamentar que apoia o Governo, diz que as conclusões da AACS são «confusas e infundadas».
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