«Não sabemos quando, mas sabemos que acontecerá», disse Lee em Genebra, na abertura de uma conferência internacional organizada pela OMS para definir uma estratégia global de luta contra a doença.
Na conferência, que decorre até quarta-feira, participam outras organizações, como o Banco Mundial (BM) e a agência das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura.
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«Se bem que até agora não tenha havido uma epidemia entre os seres humanos, é claro que aparecerá», advertiu o dirigente da OMS, acrescentando que o vírus H5N1 da gripe das aves já causou a morte a mais de 150 milhões de aves e a 63 pessoas, principalmente na Ásia, e tem grande capacidade para mudar.
Por seu lado, um responsável do BM estimou que o custo económico de uma eventual futura pandemia da gripe das aves será muito superior ao da Síndrome respiratória aguda (SRA) de 2003 no sudeste asiático, que causou 800 mortos e uma perda de 2% do PIB.
«Uma perda de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) global durante uma pandemia de gripe representaria cerca de 200.000 milhões de dólares só num trimestre e 800.000 milhões num ano», afirmou Milan Brahmbhatt, economista-chefe para a Ásia Oriental e Pacífico do BM.
Este é um dos mais de 500 peritos e decisores políticos participantes na conferência, cujo principal objectivo é enfrentar a gripe e o vírus H5N1, primeiro controlando a doença nas aves.
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Prevê-se que os esforços dos especialistas se concentrem na melhor maneira de identificar rapidamente os casos de gripe em animais ou em humanos.
A falta de acesso a medicamentos antivirais em alguns países e as dificuldades de produção de vacinas serão também assuntos em foco na reunião.
A responsável da OMS para a questão da gripe das aves, Margaret Chan, considerou ser esta «a primeira vez na História humana» em que o homem de pode «preparar para uma pandemia antes que esta chegue», por isso é «urgente que a comunidade global aja agora».
A doença apareceu em 2003 no sudeste asiático, onde se tornou endémica e atingiu 122 pessoas naquela parte do mundo, matando 62.
A gripe das aves ameaça agora a Europa e mesmo o continente africano, seguindo a rota das aves migratórias.
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