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Petróleo em novo recorde pressiona preço dos combustíveis

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O preço dos combustíveis deverá continuar a aumentar nos próximos tempos.

O valor do barril do petróleo não pára de aumentar e acaba de tocar nos 71,40 dólares no mercado londrino, que serve de referência para as importações de crude feitas por Portugal. A subida do preço, só nesta sessão, era já de 83 cêntimos, ou 1,2%. Do outro lado do Atlântico, em Nova Iorque, o preço está também perto dos 70 dólares, muito perto do máximo histórico que foi atingido aquando da passagem do furacão Katrina.

A subida do preço do crude costuma impulsionar subidas nos preços dos combustíveis, como a gasolina e o gasóleo, também em Portugal. Embora normalmente as petrolíferas que operam em Portugal demorem entre duas e três semanas a reflectir a subida da cotação do crude nos preços dos combustíveis, mais cedo ou mais tarde, e mantendo-se a alta do petróleo, como tudo aponta, será inevitável um aumento dos preços nas bombas de abastecimento do nosso País.

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Na base desta subida estão os mesmos factores que têm impulsionado os preços nas últimas semanas: além da tensão em torno do programa nuclear do Irão, também a crescente procura de gasolina nos EUA, devido à aproximação da chamada «driving season». Nesta época do ano, e até ao final de Setembro, os norte-americanos fazem muitas viagens de automóvel, o que eleva o consumo e faz descer os stocks de combustíveis rodoviários naquele que é o maior consumidor mundial.

Além disso, as refinarias dos Estados Unidos estão a substituir o aditivo químico utilizado na gasolina por etanol, para reduzir a poluição ambiental, mas estão a deparar-se com algumas dificuldades. Os receios de que não venham a existir combustíveis suficientes para responder à procura durante a «driving season» estão também a impulsionar as cotações.

No que se refere ao Irão, crescem as preocupações em torno do seu programa nuclear e do azedar das relações entre o quarto maior produtor de petróleo do mundo e os EUA. Um conflito naquele território poderia interromper ou penalizar as exportações do ouro negro.

O próprio presidente iraniano reconheceu que o país tem urânio enriquecido suficiente para o primeiro reactor nuclear. As Nações Unidas têm instado o país a abandonar este plano nuclear e a repetida desobediência poderá levar o Conselho de Segurança a impor sanções ao país islâmico. Se isso acontecer, o mais provável é que o Irão retalie interrompendo o abastecimento de petróleo, desfalcando ainda mais os stocks internacionais.

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