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Portagens diferenciadas também vão abranger o Porto

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Quem viaja sozinho vai pagar mais

Quem chega a Lisboa sozinho de carro vai ter de pagar portagens mais altas do que aqueles que viajam acompanhados. Mas as portagens diferenciadas também deverão abranger a cidade do Porto.

Segundo o jornal «Público», a introdução de portagens diferenciadas nos acessos à cidade que já são taxados é uma das principais medidas propostas num estudo sobre a melhoria da qualidade do ar na região de Lisboa e Vale do Tejo.

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O plano que visa o cumprimento das directivas comunitárias em matéria de poluição atmosférica foi ontem publicado em Diário da República, em anexo a uma portaria que ordena a execução das medidas nele apresentadas.

De acordo com esclarecimentos prestados à «Rádio Renascença» pelo coordenador do estudo que serviu de base ao projecto que o Governo pretende introduzir já no próximo ano, Francisco Ferreira, deverão ser adoptadas medidas específicas para Lisboa e Porto. E refere como exemplo o facto de «no Porto, o funcionamento das lareiras ter um peso muito significativo na qualidade do ar».

Entretanto, Francisco Ferreira faz outro esclarecimento. O estudo não prevê a criação de novas portagens à entrada de Lisboa e Porto.

«O que foi sugerido é que nas actuais portagens haja uma diferenciação entre os veículos com maior ocupação e os com menor ocupação. Quanto a novas portagens no interior da cidade, essa medida também foi equacionada, mas, de momento, não se considera prioritária, porque é uma medida muito cara, complexa e cujo custo/benefício não nos parece o melhor», explicou o responsável da associação ambientalista Quercus.

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Por seu lado, Rui Rio, presidente da Câmara do Porto, diz que só será possível colocar a questão das portagens na cidade, quando melhorar a qualidade dos transportes. O autarca lembra que a expansão do metro é fundamental à mobilidade na região.

Só em dias úteis e a certas horas

O aumento das portagens dos carros que circulam só com o condutor deve, segundo o documento, ser feito apenas nos dias úteis e a certas horas. Em Roma, por exemplo, a penalização tem lugar das 9h00 às 12h00 e das 15h00 às 17h00. Mas esta é apenas a segunda medida considerada prioritária para reduzir para níveis aceitáveis as partículas que sujam o oxigénio que todos respiram.

Os autores do trabalho dizem que a medida mais relevante de todas é o aumento do número de corredores Bus, que permitiria aumentar a velocidade média de circulação dos autocarros dos actuais 14,9 quilómetros/hora para 25.

A criação de cada um destes corredores é alvo de negociações entre a Carris e a Câmara de Lisboa, mas o processo parece padecer de doença grave. Senão, veja-se: em 2005, e de acordo com a newsletter da Carris, a autarquia considerou que poderia abrir corredores na Rua dos Fanqueiros e na Morais Soares, entre outras artérias. Hoje nenhuma delas tem ainda uma faixa exclusiva para os transportes públicos.

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