O primeiro-ministro, José Sócrates, disse esta quinta-feira, no debate com Paulo Portas, transmitido pela TVI, que o seu Governo apoiou 40 mil pequenas e médias empresas (PME) nos primeiros oito meses do ano, «28 vezes mais» que as 1.500 apoiadas pelo governo de coligação PSD/CDS, de que fez parte Paulo Portas, em 2004.
Sócrates respondia à crítica de Paulo Portas, de que o investimento em grandes obras públicas, defendido pelo PS, favorece apenas sectores e empresas específicas e não as PME.
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Portas teceu críticas à governação de José Sócrates, considerando que a sua política económica «falhou».
«Há dois momentos que os portugueses não esquecem: quando decretou o início da retoma quando a crise estava a chegar a Portugal de forma mais violenta, e quando anunciou o principio do fim da crise na véspera de se saber que Portugal tinha meio milhão de desempregados», afirmou o líder do CDS.
Na resposta, José Sócrates reclamou para o seu Executivo os méritos de ter posto as contas públicas em ordem e de ter colocado a economia a crescer 2% «quando isso era exigível».
José Sócrates reclama ainda o mérito de ter «virado a política económica» quando a crise internacional chegou, afirmando que as medidas tomadas pelo Governo de combate à recessão estão agora a «surtir resultados que a oposição recebeu com azedume porque são bons».
Sócrates diz, de resto, que foi graças a essas políticas e a esses bons resultados que as empresas que tinham colocado os seus trabalhadores em lay-off (suspensão parcial dos contratos de trabalho) começaram agora a chamá-los de volta.
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