Segundo a instituição financeira, «a expectativa do mercado sugere uma probabilidade superior a 50% de as taxas de juro subirem na reunião de 1 de Dezembro do Banco Central Europeu». No entanto, a equipa económica da Lehman não espera «alterações na taxa de refinanciamento antes do final de 2006», referem numa nota de research.
Quanto ao impacto de uma subida no mercado accionista, a casa adianta que é necessário avaliar se o mercado «está com a mentalidade inflacionária que caracterizou o período 1989-1997, ou com a deflacionária do período 2001-2005.» A título de exemplo, referem que, desde que o mercado começou a pensar seriamente sobre uma subida das taxas de juro, em meados de Setembro, que as acções europeias subiram 3%, com as seguradoras e os bancos a liderarem as subidas, mais 7,6% e 5,7%, respectivamente.
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Desta forma, o Lehman Brothers afirma que «não estamos preocupados com a implicação no mercado accionista de um apertar do BCE. Os investidores europeus ainda estão a emergir do ambiente deflacionário de 2001/2 e ainda parecem ver uma subida das taxas de juro como uma boa coisa, sugerindo que o crescimento está a recuperar», motivo pelo qual permanecem «overwight» em acções.
Recorde-se que ainda esta quinta-feira o presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, disse em conferência de imprensa que a liquidez da Zona Euro continua a ser muito ampla e que as recentes subidas nos preços da energia levaram a inflação «a níveis que excedem significativamente os 2%». Este era o valor apontado pelo BCE como ideal, para o objectivo de estabilidade dos preços. Apesar disso, assegurou que a política monetária continua a ser adequada, motivo pelo qual manteve as taxas de juro nos 2% contrariando a expectativa do mercado.
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