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Trabalhadores da PT exigem rejeição da OPA da Sonaecom

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Os trabalhadores da PT exigem a rejeição da OPA da Sonaecom e pedem a intervenção do Governo.

Cerca de dois mil trabalhadores da Portugal Telecom (PT) exigiram hoje, junto ao Parlamento, a rejeição da Oferta Pública de Aquisição (OPA) da Sonaecom, alertando para as consequências que dela podem resultar para os trabalhadores e para os consumidores.

Os trabalhadores da PT concentraram-se junto à Assembleia da República para protestar contra a falta de resposta do Governo às suas dúvidas quanto ao futuro do grupo PT e aprovaram uma moção que entregaram na residência oficial do primeiro-ministro.

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No documento exigem que o Governo intervenha no processo de Oferta Pública de Aquisição (OPA) da Sonaecom sobre o grupo Portugal Telecom (PT) de forma «a evitar milhares de desempregados nas telecomunicações e a perda de direitos e garantias contratuais».

Durante a concentração, a primeira grande acção de protesto promovida pelos sindicatos da PT e a respectiva comissão de trabalhadores, foi realizado um plenário em que foi consensual a promessa da continuação da luta.

Os dirigentes dos vários sindicatos envolvidos e os representantes da comissão de trabalhadores criticaram o Governo de José Sócrates por ainda não ter recebido os representantes dos trabalhadores da PT a fim de os esclarecer quanto ao futuro da empresa.

Os vários intervenientes alertaram também os trabalhadores presentes na concentração e a opinião pública para as consequências da OPA para os funcionários da PT, para os seus clientes e para a economia nacional.

Segundo a moção aprovada, se a OPA se concretizar pode implicar despedimentos significativos, a destruição de um subsistema de saúde próprio e um possível colapso do Fundo de Pensões da PT.

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Consumidores podem sofrer aumento dos preços

Para os cidadãos consumidores o documento prevê a possibilidade de aumento dos preços e a prestação de um serviço de pior qualidade.

Prevê também efeitos negativos para a concorrência dado que o negócio poderia criar uma situação próxima de um monopólio.

Em termos de efeitos para a economia e a sociedade nacional, a moção defende que a concretização da OPA colocaria em risco a prestação do serviço universal, o desenvolvimento da sociedade de informação, a implementação de uma rede de nova geração e o suporte do Plano Tecnológico porque a Sonae não fará investimentos na modernização e inovação devido ao seu endividamento pela compra da PT.

A moção aprovada lembra que a PT investe em Portugal cerca de 600 milhões de euros por ano em telecomunicações e é responsável pela subsistência de mais de 33 mil trabalhadores no activo e reformados e por seis fundos de pensões que pagam reformas no valor de mais de 5,6 milhões de euros.

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Jorge Félix, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da PT, disse que o principal receio dos trabalhadores é «a perda do emprego ou dos direitos contratuais, nomeadamente o sistema de saúde e os fundos de pensões».

Por isso insistem tanto em ser recebidos pelo primeiro-ministro, porque querem que ele lhes garanta que não vão ser prejudicados.

Segundo Jorge Félix, se a OPA se concretizar o mais certo é que a Sonaecom separe as empresas do grupo PT para vender algumas delas.

«Se o negócio do cabo sair da PT serão despedidos mais de 3500 trabalhadores e se a Optimus for fundida com a TMN serão despedidos pelos menos 500 funcionários», garantiu o sindicalista.

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