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UGT teme derrapagem da inflação para 3%

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A UGT teme uma escalada inflacionista, que poderá atingir os 3%, apesar de os dados do Instituo Nacional de Estatísticas (INE) apontarem para a estabilização da taxa de inflação. A central sindical defende o crescimento real de salários e pensões.

Recorde-se que os dados do INE sobre a inflação em Janeiro, apresentados esta terça-feira, apontam para a estabilização da taxa anual em 2,3%, ainda que os preços tenham apresentado uma redução de 0,5% face ao mês de Dezembro.

A descida mensal de meio ponto percentual, a que se deve ao início da época de promoções e saldos, nomeadamente nos artigos de vestuário e calçado, é idêntica à registada em igual mês do ano transacto, pelo que a UGT considera ser ainda «cedo para daí retirar tendências para o ano de 2006 ou ilações quanto a uma possível descida da inflação».

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A central sindical lembra ainda que o início do ano trouxe aumento nos preços de bens e serviços como o pão, electricidade, combustíveis (sobretudo por via do aumento do ISP), transportes, portagens, rendas de casa

Alguns destes aumentos foram superiores aos valores previstos para a inflação, pelo que «certamente se traduzirão em subidas do Índice de Preços no Consumidor nos próximos meses», segundo a central sindical.

Central sindical «preocupada» com aumento dos juros

Em comunicado, a UGT manifesta-se ainda preocupada com «o aumento das taxas de juro que está a ocorrer nos empréstimos para a habitação», o que «terá impactos bastante significativos sobre o poder de compra de muitas famílias portuguesas».

«Num cenário em que, a partir de Fevereiro, os preços registem acréscimos mensais iguais aos verificados em 2005, teríamos, em 2006, uma taxa de inflação de 2,6%, afastando-se claramente da previsão do Governo», frisa a central.

Recorde-se que o Governo prevê a estabilização da inflação, insistindo numa taxa de 2,3%.

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Pelo contrário, generalidade das instituições, nacionais e internacionais, prevê um aumento da taxa de inflação em 2006 com valores muito distintos. A UGT aponta para uma taxa entre 2,5% e 3%, o Banco de Portugal prevê 2,7%, tal como a União Europeia e o FMI. Já a OCDE aponta para valores na ordem dos 2,4%.

Face aos seus receios de subida da inflação, a UGT defendeu, em sede de concertação social, o rápido início da discussão sobre a política de rendimentos.

Em sede de concertação, a UGT «bater-se-á não apenas pela revisão da previsão da inflação, mas também para que salários, pensões e rendimentos em geral tenham um crescimento em termos reais e se traduzam por efectivas melhorias do poder de compra e do nível de vida dos trabalhadores portugueses».

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