E criará, também, um grupo com «um poder negocial único» em Portugal, defendendo que a Concorrência chumbe a operação.
A Vodafone «não é favorável» à operação e defende que esta «não deve ser autorizada» pela Autoridade da Concorrência «nos moldes propostos», afirmou António Carrapatoso, na sua intervenção no jantar debate promovido pela Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC).
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O gestor elencou vários remédios que a Concorrência poderia exigir para aprovar a operação, como a libertação de uma nova licença de móvel, a abertura aos operadores móveis virtuais (OMV), separação da actividade grossista e retalhista, entre outros, mas salientou que estas soluções não tornariam o mercado nem «mais flexível, nem mais transparente».
OPA pode burocratizar mais mercado
O presidente da Vodafone Portugal, acrescentando que nem com estes remédios a operação seria positiva para o mercado português, justificando que «tanto escrutínio» apenas serviria para «burocratizar mais» o mercado.
Carrapatoso salientou que a operadora a que preside não se opõe à OPA exclusivamente devido à posição dominante que resultaria da concentração TMN/Optimus e destacou «uma série de factores cumulativos» que penalizam o mercado, como «as dificuldades na distribuição a retalho» nos centros comerciais geridos pela Sonae.
«Já hoje sentimos dificuldade em colocar lojas nos espaços da Sonae», revelou o gestor, acrescentando que, caso a operação seja aprovada, «as dificuldades serão acrescidas».
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Fusão não promove necessariamente mais concorrência
Carrapatoso também aludiu ao «reforço da posição na área dos conteúdos» e acrescentou que não são aceitáveis «os argumentos de que a fusão é necessária para promover concorrência com grande operador móvel internacional».
«As posições dominantes a nível nacional são mais relevantes que a escala a nível internacional» reforçou.
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