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YDreams quer associar-se a outras marcas fortes como Cristiano Ronaldo

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Para a YDreams, o mercado de entretenimento móvel tem largo potencial, mas não é isento de riscos.

Em entrevista à «Agência Financeira», o CEO António Câmara explica a importância de ter uma marca, fala da arte de inovar e adianta que o atraso no lançamento do jogo do Cristiano Ronaldo não teve consequências para a empresa.

No mercado móvel, há ainda muito a explorar na oferta audiovisual?

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Há um enorme desenvolvimento na área móvel porque os ecrãs e a capacidade de processamento só vão poder evoluir e isso vai gerar imensas aplicações na área móvel. Mas estamos apostados em desenvolver outras áreas como a computação invisível, em que não há teclados nem rato, e no «reality computing», ou seja, tentarmos que qualquer superfície seja interactiva, desde o papel à roupa. Antes, eram os «ringtones» que dominavam, o mundo dos jogos móveis vence hoje. Mas esta paisagem está mais difícil, com os custos a subirem devido à entrada das grandes empresas de entretenimento. Hoje, os concorrentes da YDreams no mercado móvel são a Sony e a Disney.

E é possível concorrer lado a lado com essas empresas?

Nunca vamos poder concorrer nos mesmos moldes. O que se passa é que quando se fazem as licenças das marcas, estas empresas não fazem apenas para o mercado móvel, fazem também para a Playstation, a Nintendo ou o PC. Nós só vamos sobreviver nesse mercado e em qualquer outro através de inovação constante. Neste momento, temos associado à YDreams uma marca fortíssima que é o Cristiano Ronaldo e iremos ter outras. Sabemos que elas são fundamentais porque é impossível lançar um jogo, por mais inovador que seja, sem uma marca e uma editora internacional. O jogo do Cristiano Ronaldo começou a espalhar-se pelo mundo e está a chegar à Singapura.

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Houve um atraso no lançamento do jogo na China.

O atraso da China foi o mesmo em todo o mundo, mas já o resolvemos. O que é grave é que, neste momento, o número de adaptações para telemóveis está em crescendo. Se, antes, fazíamos um jogo para um número limitado de telemóveis, hoje temos de fazer para 250 modelos e alguns totalmente novos, feitos na China. Foi o que nos atrasou.

O atraso teve consequências para a YDreams?

Nenhumas. O tempo de vida de um jogo móvel é seis meses e, portanto, o jogo vai entrar em Maio e começar a cair em Novembro. As consequências são mínimas e estamos contentes porque o jogo começa a aparecer em várias operadoras.

A YDreams está a tirar partido de outras componentes do videojogo como no caso do já anunciado «WikiLisboa»?

Queremos criar videojogos sérios, que é uma das áreas de grande crescimento no futuro. Já existe tradição nos jogos de gestão, mas a lógica do videojogo é a que está associada ao processo de decisão. Começámos pela ideia do «WikiLisboa» porque achamos que é decisiva, não digo para a YDreams, mas para a própria economia portuguesa.

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Esse jogo vai estar disponível em que plataformas?

Em PCs. Vamos definir no próximo mês o projecto e depois buscar financiamento. Não é enorme, porque vamos usar o Google Earth ou o Virtual Earth da Microsoft.

Em conferência disse que um bom videojogo custa 5 milhões de dólares.

Nós não vamos ter esse valor. Mas, basicamente, o custo maior está na modelização 3D de um universo sintético. Portugal já tem fotografias aéreas a 50 centímetros do solo que são mais do que suficientes. E isso vai permitir-nos ter a participação de todas as pessoas. Queremos investir na área dos poderes de simulação e incluir neste projecto a capacidade das pessoas dizerem o que querem e transformar isso numa aplicação visual. O primeiro modelo tridimensional deve estar cá fora em Outubro.

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