O ministro de Estado e das Finanças descartou esta sexta-feira a ideia de um Orçamento Rectificativo.
Durante a apresentação do Relatório de Orientação da Política Orçamental, Teixeira dos Santos explicou que, apesar da revisão em baixa do Produto Interno Bruto (PIB) para os 3,4 por cento negativos, não vê «necessidade» de um Orçamento Rectificativo.
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Vídeo com as novas previsões de Teixeira dos Santos
De acordo com as novas previsões, o défice deve agravar-se para 5,9 por cento do PIB, enquanto a dívida pública sobe para os 74,6% este ano, quando no ano passado foi de 66,4%.
«Os países devem retomar o mais rapidamente possível as suas estratégias de consolidação orçamental. Encaminhar as suas contas públicas para o equilíbrio», sustentou Teixeira dos Santos aos jornalistas.
Nível de endividamento preocupa
O porta-voz do Executivo lembrou que as reformas da Segurança Social e da Administração Pública foram já «passos positivos» para conter os níveis de despesa.
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«O nível de endividamento vai exigir uma política que reforce o potencial de crescimento das economias. Quando falamos da dívida, falamos do seu peso na economia, relativamente ao que produzirmos. Atenuarmos esse peso é evitar que ela cresça em virtude destas circunstâncias excepcionais e depois voltarmos a uma política de consolidação orçamental», explicou.
Teixeira dos Santos reconheceu que Portugal tem de ser atractivo para investir e para permitir mais exportações.
Como medidas a ter em conta para aumentar o potencial de crescimento, o ministrou exemplificou com a melhoria dos recursos humanos, das infra-estruturas ou dos níveis científico e tecnológico.
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