O secretário-geral do PS voltou esta terça-feira a atacar implicitamente a presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, dizendo que o Orçamento do Estado para 2009 tem contas sérias e transparentes, não recorrendo a maquilhagem, ou a desorçamentações.
Falando no encerramento das Jornadas Parlamentares do PS, em Aveiro, Sócrates dedicou um capítulo do seu discurso «ao que não é» a proposta do Governo de Orçamento do Estado, avança a «Lusa».
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«Os portugueses sabem que hoje o seu futuro está mais acautelado do que em 2005, porque houve rigor orçamental nos últimos três anos. Por isso, temos agora a autoridade moral para dizer o que este Orçamento não é», começou por dizer o primeiro-ministro.
Depois, passou ao ataque ao período em que Manuela Ferreira Leite desempenhou as funções de ministra das Finanças.
«Em primeiro lugar, este Orçamento não tem titularização de dívidas fiscais para nenhum citigroup, nem contempla nenhum fundo de pensões com o objectivo apenas de disfarçar o saldo negativo. Este orçamento não tem nenhum tipo de desorçamentação», disse, recebendo palmas dos deputados socialistas.
A seguir, o primeiro-ministro acusou os anteriores governos de coligação PSD/CDS de terem recorrido a operações de desorçamentação.
«Este Orçamento para 2009 não tem nenhum tipo de desorçamentação. Não faltam 1512 milhões de euros que faltavam em 2005 para a Saúde; não faltam 730 milhões de euros que faltavam em 2005 para a Segurança Social; e neste Orçamento também não faltam os 458 milhões de euros que faltavam para as estradas em 2005», declarou Sócrates.
Em contraponto, segundo Sócrates, o Orçamento para 2009 «é sério, de contas transparentes e de contas à vista de todos».
Contas certas foi a marca que sempre imprimimos na nossa política orçamental», conclui.
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