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Empresas: mais de metade vai cortar trabalhadores este ano

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Apenas 5% planeia cortes radicais na força de trabalho

Há sinais de abrandamento na redução drástica de postos de trabalho, remunerações e benefícios até ao final do ano. Além de dois terços das empresas reduziu o número de trabalhadores nos últimos 6 meses, mais de metade prevê reduzir a força de trabalho até final deste ano, de acordo com o estudo da Mercer «Leading Through Unprecedented Times».

«Cerca de 58% das organizações analisadas em todo o Mundo planeia reduções no número de colaboradores nos próximos seis meses do ano, comparativamente aos 66% que reduziram no 1º semestre de 2009», refere a consultora em comunicado.

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Importante é o facto de apenas 5% destas empresas planearem cortes radicais na força de trabalho (mais de 10% do número de colaboradores), se comparados com os 13% que concretizaram este tipo de redução nos seis meses anteriores ao estudo.

A percentagem de empresas que projecta layoffs para os próximos seis meses varia de região para região. Na Europa prevêem-se menos acções deste tipo em comparação com o último semestre. Cerca de 71% dos participantes europeus referiram que as suas empresas efectuaram cortes de pessoal nos seis meses anteriores, sendo expectável para o próximo semestre que esta percentagem baixe para os 70%. Na Europa, tal como nas outras regiões, espera-se que o número de empresas com cortes radicais (mais de 10% dos colaboradores) desça para os 10%, face aos 16% registados no 1º semestre.

Três quartos das empresas industriais e de tecnologias de informação reduziram o número de efectivos desde o início de 2009, comparando com os 69% nas empresas do sector financeiro e 67% nas de serviços profissionais. Relativamente às estimativas até ao final do ano verifica-se uma diminuição nas tendências de cortes com o pessoal pelas empresas de indústria e tecnologias de informação verificando-se uma percentagem de 68% e 67% respectivamente, continuando a ser as mais sujeitas a reduções.

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Os resultados revelam também que as empresas estão a implementar acções contínuas que permitam diminuir a exigente pressão sobre os custos ¿ através de reduções da força de trabalho, congelamento de salários, redução de contribuições para planos de reforma e de saúde. Contudo destaca-se o facto da generalidade das empresas não estar a reduzir salários ou a eliminar por completo os planos de benefícios. Através do estudo percebe-se que os impactos sofridos pela economia variam de acordo com as regiões e indústrias.

Gestão de talento

Apesar dos impactos de uma envolvente económica desfavorável, muitas empresas continuam focadas nos seus recursos humanos mais críticos. Mais de 1/3 das organizações dizem continuar a contratar talentos-chave, mesmo levando a cabo uma redução do número de colaboradores. 35% das empresas planeia contratar novos talentos por via de recrutamento de substituição, 15% espera reduzir o número de colaboradores e 12% pensa aumentar o quadro de pessoal em 2009.

O estudo da Mercer mostra também que as organizações começam a considerar soluções laborais alternativas como forma de controlar custos com os seus recursos humanos. A nível global, 10% das empresas já implementaram políticas de redução voluntária do horário de trabalho e, consequente redução do salário, tendo 12% avançado com programas similares mas de carácter obrigatório. Até ao final do ano espera-se que o mesmo número de empresas adira a este tipo de programas. A popularidade deste género de medidas difere consoante o sector. 29% das empresas do sector industrial instituíram a redução obrigatória do horário de trabalho, comparativamente com 13% das empresas de tecnologia e informática e 3% no sector de Banca/Finanças.

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