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Ferreira Leite «espantada» com acusação de que aumentaria défice para 3%

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O fim do pagamento por conta era uma das medidas defendidas

A líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, manifestou-se «bastante espantada» por o ministro Teixeira dos Santos ter dito que as propostas apresentadas pelo PSD para o Orçamento de Estado colocariam novamente o défice nos três por cento.

O ministro das Finanças acusou quarta-feira, no Parlamento, o PSD de não ter feito contas sobre o impacto orçamental das suas propostas, reafirmando que elas aumentariam o défice público para os 3% do Produto Interno Bruto (PIB), pois representam um acréscimo de despesa de 1.400 milhões de euros, avança a «Lusa».

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A previsão do Governo para o défice orçamental é de um défice de 2,2 por cento do PIB em 2009.

«Fico bastante espantada quando o ministro das Finanças explicita que as nossas medidas têm encargos de um milhão e 400 mil euros (um lapso na alusão aos 1.400 milhões de euros referidos por Teixeira dos Santos) um número muito elevado, e que as nossas propostas, que apenas se destinam às pequenas e médias empresas, constituem um agravamento do défice orçamental para os três por cento», disse Manuela Ferreira Leite, numa reunião com o conselho consultivo da concelhia do Porto do PSD.

Propostas PSD

As duas principais propostas do PSD nesta matéria, segundo recordou a líder social-democrata, foram a de redução em um por cento da taxa social única paga pelas empresas, que admitiu custar 370 milhões por cada ponto percentual, e o alargamento temporário do subsídio de desemprego.

No Parlamento, Teixeira dos Santos afirmou que a proposta do PSD de redução em um por cento da taxa social única para as empresas custaria 390 milhões de euros. A sugestão de alargamento do período de atribuição do subsídio de desemprego acresceria 460 milhões de euros à despesa do próximo ano.

Ferreira Leite defendeu ainda o fim do pagamento por conta pelas empresas, recordando ter sido ela própria a impor isso como instrumento de controlo fiscal e considerando que, face à eficácia actual do próprio fisco, deixou de fazer sentido.

Respondendo às críticas de Teixeira dos Santos de que as suas propostas aumentariam novamente o défice para os 3 por cento, a presidente do PSD considerou que, apesar de não acreditar nelas, «se isso é verdade, então quer dizer que o défice é o que é às custas das pequenas e médias empresas».

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