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Daniel Bessa e BPN: o mais trágico da história acaba na regulação

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Ex-ministro diz que há coisas que precisam ser melhoradas

O economista e ex-ministro socialista da Economia Daniel Bessa criticou esta sexta-feira a actuação do Banco de Portugal no caso do Banco Português de Negócios (BPN), dizendo que «o lado mais trágico desta história do BPN infelizmente acaba na regulação».

«Havia razões mais do que suficientes para ver o que se estava a passar», afirmou Bessa em declarações à agência «Lusa» à margem do XVII Seminário Internacional de Países Latinos da Europa e América, organizado esta sexta-feira em Santa Maria da Feira pela Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas (CTOC).

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Daniel Bessa afirmou que as «empresas de auditoria e de revisão de contas-que se diz que depois foram mandadas embora-a seu tempo chamaram a atenção para coisas sérias» na operação do banco.

«Como é que depois a regulação, nem com base em denúncia expressa dos relatórios de auditoria consegue entrar e ver um bocadinho melhor? Esta crise financeira mostra que correu muito mal muita coisa com a regulação pelo mundo inteiro e esta história do BPN mostra que as coisas realmente não estão bem», sustentou.

Nacionalização era «inevitável»

Recordando que, «à boca pequena e não tão pequena, toda a gente no país há pelo menos meia dúzia de anos falava de uma situação que parecia muito pouco ortodoxa» no BPN, Daniel Bessa considerou que, «se a regulação não foi capaz de intervir, há coisas que precisam de ser melhoradas».

«Ao que se dizia havia razões mais do que suficientes para, pelo menos, ver aquilo mais de perto e ver o que se estava a passar», disse o ex-ministro do Governo de António Guterres.

Atingida a actual situação de falta de liquidez do banco, Daniel Bessa considera que a sua nacionalização era inevitável.

«O BPN ou ficava nas mãos do Estado, ou nunca seria capaz de liquidar as suas obrigações», considerou.

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