O ministro da Presidência afirmou esta quinta-feira que o PSD tem «a obrigação imediata» de esclarecer quais os investimentos públicos que cortará em 2009 para suportar as suas propostas de aumento da despesa em 780 milhões de euros.
As palavras de Pedro Silva Pereira, citadas pela agência «Lusa», foram proferidas em conferência de imprensa, no final do Conselho de Ministros, depois de ter sido confrontado com o teor das propostas do PSD de alteração ao Orçamento do Estado para 2009.
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Quarta-feira à noite, em entrevista à SIC-Notícias, a presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite quantificou as alterações ao orçamento para 2009 propostas pelo PSD em 780 milhões de euros, adiantando que cortaria no investimento público para evitar um aumento de 0,4 por cento do défice.
Na mesma entrevista, a presidente do PSD especificou que a descida da taxa social única em 1% proposta pelo seu partido, a somar à descida de um por cento já prevista pelo Governo, «custa 370 milhões de euros» a mais.
Quanto à proposta de alargamento do período de atribuição do subsídio de desemprego, Manuela Ferreira Leite estimou que tenha uma despesa acrescida para o Estado de «260 milhões de euros».
Perante estas declarações de Manuela Ferreira, o ministro da Presidência considerou que «o PSD avançou uma posição relevante para efeitos do debate do Orçamento», na medida em que o líder social-democrata «não apenas disse que fazia propostas novas de aumento da despesa em 780 milhões de euros, como afirmou que essas propostas deveriam ser financiadas pela redução do investimento público nessa dimensão no próximo ano».
«Esta posição (de Manuela Ferreira Leite) constitui o PSD na obrigação inequívoca e imediata de esclarecer quais são as iniciativas de investimento público, com expressão orçamental já em 2009 de pelo menos 780 milhões de euros, que entende que devem ser abandonadas pelo Estado», sustentou o ministro da Presidência.
Para Pedro Silva Pereira, só na base deste esclarecimento por parte do PSD «se pode fazer uma discussão séria das diferentes perspectivas sobre política orçamental para 2009».
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