O ministro de Estado e das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, não quer ouvir falar nas queixas dos empresários sobre as dificuldades levantadas pelo aumento de 2,9% proposto pelo Governo para a função pública para 2009.
Os aumentos salariais nas empresas privadas costumam tomar como referência os aumentos dos salários da função pública e os patrões consideram que uma proposta de 2,9% no sector público coloca pressão nas negociações entre empresas e trabalhadores, no sentido de aplicarem aumentos semelhantes. O problema é que o ano de 2009 será, ao que tudo indica, um ano de muitas dificuldades e forte abrandamento económico.
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Mas o ministro das Finanças, quando confrontado com as críticas, foi peremptório na resposta: «E os aumentos dos salários privados nos últimos anos não criaram também dificuldades ao Governo nas negociações com a função pública? Acham que foi fácil negociar um aumento de 1,5% (quando os privados davam aumentos maiores)?», desabafou Teixeira dos Santos num encontro com jornalistas.
«SE o sector privado quer seguir um determinado rumo em matéria de política salarial, que o faça, mas que não se desculpabilize com o Governo, porque nós nunca apontámos o dedo a ninguém», concluiu.
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