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Lisboa e Europa vivem 2ª feira negra com ameaça de recessão

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A sessão desta segunda-feira continua negra para a bolsa em Lisboa e para as restantes praças europeias.

A turbulência voltou aos mercados bolsistas depois da ameaça de recessão que vem do outro lado do Atlântico. Os EUA estão em forte abrandamento e isso está a reflectir-se por toda a Europa. Apesar de ainda não ser consensual, vários analistas norte-americanos afirmaram na semana passada que a maior economia do Mundo já entrou em recessão.

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À crise financeira desencadeada pelo crédito de alto risco, que começou a alastrar a outros sectores, juntou-se a crise no Bear Stearns, o quinto maior banco de investimento dos EUA, que anunciou na sexta-feira estar com problemas de liquidez. O JPMorgan Chase que acordou comprar o banco norte-americano por 240 milhões de dólares (155 milhões de euros), para evitar tremores noutros mercados.

A Fed também tomou medidas para evitar um colapso nos mercados. No domingo decidiu cortar a taxa de desconto cobrada aos bancos comerciais que se financiam junto do banco central para 3,25%, uma descida de 25 pontos base.

E a contribuir para o pior estão os sucessivos máximos do petróleo e os consecutivos mínimos do dólar.

PSI20 com pior desempenho desde Agosto de 2006

O principal índice português está em forte queda e derrapa neste momento 3,09 por cento para 9.854,50 pontos.

Saliente-se que esta descida é a mais acentuada desde Agosto de 2006.

A liderar as perdas está a Portugal Telecom que cai 5,40% para 7,17 euros por acção. Também a Zon Multimédia está a negociar em terreno desfavorável e perde 3,24% para 6,86 euros.

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No sector da energia, o peso pesado EDP desce 2,84% para 3,58 euros. Também a Galp desvaloriza 3,76% para 14,58 euros. A petrolífera portuguesa vai começar os estudos sísmicos para a propspecção petrolífera na Bacia do Alentejo ainda este ano.

A REN segue a perder 2,54% para 3,26 euros.

Na família banca as notícias são também desagradáveis com o maior banco privado português a perder 1,41% para 1,74 euros. Ainda no sector o BES desliza 4,29% para 10,710 pontos e o BPI 2,15% para 3,18 euros po acção.

Construção também em forte queda

A Teixeira Duarte perde 4,55% para 1,27 euros. A construtora anunciou a semana passada que vai explorar 17 poços de petróleo no Brasil.

Também a Mota Engil cai 3,89% para 4,20 euros e a Soares da Costa 2,05% para 1,43 euros.

No Grupo Sonae destaque para a Sonae Indústria que derrapa 3,66% para 4,21 euros, para a Sonaecom que cai 3,21% para 2,11 euros e para a Sonae SGPS que desvaloriza 2,04% para 1,19 euros.

A Sonae Sierra vai investir 1,2 milhões de euros em Itália, Espanha, Alemanha, Grécia, Brasil e Roménia para novos centros comerciais.

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Brisa atenua perdas

A concessionária de auto-estradas Brisa embora com nota negativa é o título que menos perde neste momento: 1,19% para 9,09 euros por acção.

Saliente-se ainda a Portucel que cai 2,88% para 2,02 euros.

As congéneres europeias não escapam à crise que se instalou nos mercados bolsistas e seguem todas em terreno negativo.

Em França o índice cai 2,99%, na Alemanha 3,37%, no Reino Unido 2,42% e em Espanha 2,37%.

Note-se que a Iberdrola, eléctrica espanhola cotada no Ibex, comprou 40% da capacidade de produção oferecida no último leilão em Portugal, passando a ter mais 327 megawatts de energia no segundo e terceiro trimestres.

Nos EUA, prevê-se que os mercados abram igualmente em forte baixa, como consequência da crise no Bear Stearns e do corte da taxa de desconto pela Fed, que os investidores encaram como sinais de que a situação está cada vez mais grave.

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