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Peso da economia subterrânea diminui no PIB nacional

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O peso da corrupção e economia paralela está a diminuir em Portugal.

De acordo com o estudo de um economista da Universidade austríaca de Linz, divulgado esta quarta-feira, pelo Instituto alemão para o Estudo do Trabalho, a dimensão da economia subterrânea está a encolher em Portugal.

Friedrich Schneider estudou a relação entre a economia subterrânea, expressa em percentagem do produto interno bruto (PIB) oficial, e a corrupção em 145 países no período de 1999 a 2003.

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Em média, a dimensão da economia subterrânea, no período 2002/2003, é de 38,7 por cento em 96 países em desenvolvimento, de 40,1% em 25 economias em transição, que designa as antigas economias centralizadas, de 16,3% em 21 países membros da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico e de 22,3% em três países comunistas.

Economia subterrânia pesa quase 23% no PIB nacional

No caso concreto de Portugal, os valores da economia subterrânea são de 22,7% do PIB em 1999/00, de 22,5% em 2001/02 e 21,9% em 2002/03.

Em comparação, Espanha apresenta os valores de 22,7% (1999/2000), de 22,5% (2001/2002) e de 22% (2002/2003).

Schneider salienta que as forças dirigentes da economia subterrânea são as contribuições fiscais e as ligadas à segurança social, a que acresce ainda a regulação do mercado laboral.

Os resultados indicam ainda que a economia subterrânea reduz a corrupção nos países de rendimento elevado, mas aumenta nos países de baixos rendimentos.

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Em termos gerais, o estudo conclui que em todos os 145 países estudados a economia subterrânea tem «uma dimensão apreciavelmente grande».

Apura ainda que a economia subterrânea é um fenómeno complexo, presente em todos os tipos de economia, o que condiciona qualquer acção governamental com vista à sua redução.

Uma outra conclusão aponta que um governo pode não ter grande interesse em reduzir a economia subterrânea.

Este paradoxo aparente é atribuído à moderação da perda de receitas fiscais, atribuída à economia subterrânea, uma vez que cerca de dois terços dos rendimentos obtidos nesta economia são gastos na economia oficial, ao facto de o rendimento gerado pela economia subterrânea aumentar o padrão de vida de cerca de um terço da população e ainda por as pessoas que trabalham na economia subterrânea terem menos tempo para outras coisas, como manifestações.

Uma última conclusão é a de que a corrupção e a economia subterrânea tendem a ser substitutos nos países de elevados rendimentos e complementares nos de baixos rendimentos.

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