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3ª Travessia: mudança de corredor atrasa 3 anos abertura de TGV

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«Repetir todos os trabalhos que já fizemos para a ponte Chelas-Barreiro pode demorar vários anos»

O administrador da RAVE, Carlos Fernandes, afirmou esta segunda-feira que uma eventual mudança de corredor para a Terceira Travessia do Tejo provocará um atraso de três anos no projecto, adiando para 2016 a abertura da linha de alta velocidade Lisboa-Madrid.

«Se não houver ponte no corredor Chelas-Barreiro não haverá (ligação em alta velocidade? Lisboa-Madrid em 2013. Isso parece-me óbvio», afirmou Carlos Fernandes, em declarações aos jornalistas à margem do congresso de alta velocidade que hoje começou em Amesterdão, na Holanda, avança a «Lusa».

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De acordo com o administrador da RAVE, a escolha de um novo corredor para a Terceira Travessia do Tejo, neste caso Beato-Montijo, exigirá a elaboração de novos estudos e fará com que a ligação em alta velocidade Lisboa-Madrid, que passará sobre a nova ponte, sofra um retrocesso.

A mudança de localização da nova ponte exigirá a contratação de novos consultores, a elaboração de novos estudos de viabilidade dos acessos, de estudos prévios e do estudo de impacto ambiental.

«Repetir todos os trabalhos que já fizemos para a ponte Chelas-Barreiro pode demorar vários anos», defendeu Carlos Fernandes.

Inauguração adiada para 2016

Fazendo uma analogia com o tempo que demoraram os estudos para o corredor Chelas-Barreiro, o administrador da RAVE disse que a mudança para o corredor Beato-Montijo, defendido pelo professor José Manuel Viegas, pode implicar um atraso de 3 anos na data da conclusão, adiando para 2016 a abertura da ligação Lisboa-Madrid.

«A contratação de consultores demorou entre 6 a 12 meses, os estudos de pormenor dos acessos demoraram um ano e a elaboração do estudo de impacto ambiental demorou mais de um ano», explicou Carlos Fernandes, sublinhando que só «para ter a certeza da viabilidade técnica da solução Chelas-Barreiro foi necessário mais de um ano e meio».

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Contas feitas, o administrador da RAVE estima que a mudança de corredor provoque um «atraso de cerca de três anos» na abertura da ligação Lisboa-Madrid.

Para o corredor Chelas-Barreiro, garante Carlos Fernandes, o calendário definido pelo Governo, que aponta para 2103 a abertura da ligação Lisboa-Madrid, «não está posto em causa».

«Três anos é um prazo apertado, mas exequível», sustentou, acrescentando que o primeiro troço da ligação Lisboa-Madrid, entre Poceirão e Caia, será lançado em Junho e que o segundo troço, entre Lisboa e Poceirão, será lançado até ao final deste ano.

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