O PSD criticou esta segunda-feira o Governo por «não dar ouvidos à sociedade civil» ao assumir como «facto consumado», sem estudar soluções alternativas, a construção da terceira travessia ferroviária do Tejo.
Os sociais-democratas, que contestam o projecto do comboio de alta velocidade, reagiam à Agência Lusa, por intermédio do porta-voz para as Obras Públicas, Jorge Costa, ao anúncio do lançamento do concurso público internacional para a construção da terceira travessia ferroviária sobre o Tejo, incluindo o troço Lisboa-Poceirão.
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O projecto, que representa um investimento global de 1.928 milhões de euros, dos quais 171 milhões garantidos por Bruxelas, pretende servir a linha ferroviária de alta velocidade que ligará Lisboa a Madrid.
De acordo com um comunicado divulgado pelo Ministério das Obras Públicas, o investimento total neste troço representa «uma redução de cerca de 350 milhões de euros face à anterior estimativa».
O porta-voz do PSD para as Obras Públicas criticou o Executivo socialista de «continuar teimosamente» a «não dar ouvidos à sociedade civil, aos técnicos da especialidade, aos empresários», que, diz, consideram que «as soluções adoptadas não são as melhores».
Jorge Costa sustenta que o Governo está «a dar o facto como consumado, sem discutir as diferentes possibilidades», os «diversos custos-benefícios».
O PSD reiterou que, face à actual «crise» económico-financeira que «o país atravessa», o projecto do comboio de alta velocidade (TGV) «devia ser posto de lado» e que a redução de custos apontada «está por demonstrar».
«O Governo omite sistematicamente as contas», acusou Jorge Costa.
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