O presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP), José António Barros, considerou esta quarta-feira «um disparate de lesa pátria» a proposta de traçado do TGV entre Lisboa e Porto por Alcochete.
«Não nos revemos de maneira nenhuma na posição da CIP. Não faz sentido nenhum ir a Alcochete e depois ao Porto», disse à agência Lusa José António Barros.
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O presidente da AEP salientou que 90 por cento dos passageiros da linha-férrea Lisboa-Porto viaja de uma cidade para a outra, pelo que o traçado do TGV deve ligar directamente as duas cidades, sem obrigar a um desvio pelo futuro aeroporto.
«A ligação entre Lisboa e Porto tem de ser directa. Qualquer coisa ao contrário é um disparate de lesa pátria. É subalternizar o Porto», frisou, sublinhando que a passagem por Alcochete obriga a um desvio de 40 quilómetros.
Alcochete por Lisboa-Madrid: sim
Para José António Barros, «o traçado Lisboa-Madrid é que deve passar por Alcochete, é o que faz sentido».
«Isto não tem nada a ver com investimento. É uma falácia. Não estamos a analisar o custo de investimento, mas sim o custo de exploração», realçou.
José António Barros afirmou que «é atirar areia para os olhos dos portugueses» estar a centrar a discussão no custo da obra e não no custo de exploração.
«Dizia ontem [terça-feira] o Presidente da República, e muito bem, que em qualquer matéria se deve analisar o custo e o benefício», salientou.
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