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PIB contrai 3,7 por cento

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Dados do INE confirmam previsões do Banco de Portugal. Consumo privado recuou 1,7% e procura interna registou evolução negativa

O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou que a economia portuguesa registou uma contracção 3,7%, no primeiro trimestre de 2009, muito devido à forte contracção da procura interna, sobretudo do investimento. É a maior redução desde 1977, ano em que o Banco de Portugal começou a compilar os dados.

«No primeiro trimestre de 2009, o Produto Interno Bruto (PIB) diminuiu 3,7% em volume face ao período homólogo de 2008 (menos 2%, no trimestre anterior). Esta diminuição do PIB no primeiro trimestre esteve associada à evolução negativa da procura interna, cujo contributo para a variação do PIB foi de -5,6 pontos percentuais (-0,9 p.p. no trimestre anterior), sobretudo em consequência do comportamento do Investimento e, em menor grau, do consumo privado», avança o INE.

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Importações caem 25%

Face ao trimestre anterior, o PIB diminuiu 1,6% (-1,8% no trimestre precedente). Ou seja, o INE reviu em baixa a sua primeira estimativa para a variação do primeiro trimestre do PIB que apontava para uma descida de 1,5%.

Procura interna penaliza

O INE revela que a procura interna apresentou uma diminuição homóloga de 5,1% em volume no primeiro trimestre de 2009, o que compara com a variação de -0,8% verificada no trimestre anterior.

Défice da balança regista melhoria

Esta evolução «resultou em larga medida do comportamento do investimento, que registou uma contracção de 19,8%, e da evolução do consumo privado (variação de -1,7%)», justifica.

Segundo a mesma fonte, enquanto «no quarto trimestre de 2008 a variação negativa do PIB esteve associada à redução brusca e considerável das exportações, no primeiro trimestre de 2009, a redução do PIB reflectiu a forte contracção da procura interna».

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No que respeita ao investimento, o sector da construção foi aquele em que se registou o contributo mais intenso para a diminuição do PIB (-1,5 p.p). Este agregado baixou 15% em termos homólogos.

Consumo Privado recua 1,7%

Também as despesas de consumo final das famílias apresentaram uma variação homóloga de -1,7% em termos reais no primeiro trimestre de 2009, o que compara com o crescimento de 1,1% registado no trimestre anterior.

Construção perde 7% dos postos de trabalho

As despesas de consumo final das famílias residentes em bens de consumo duradouro(automóveis e outros) foram a componente que mais contribuiu para a diminuição do consumo privado, recuando 18,9% em termos reais no trimestre em análise.

O investimento apresentou uma acentuada diminuição em termos homólogos (variação de -19,8%), após ter registado uma variação de -7,6% no trimestre anterior.

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Exportações e Importações diminuem de forma expressiva

De acordo com os dados mais recentes disponíveis para o comércio internacional, as exportações e as importações de bens e serviços «recuaram de forma significativa» no primeiro trimestre, em termos homólogos.

As exportações registaram uma diminuição homóloga de 20,8%, após a variação de -8,8% verificada no trimestre anterior.

Já o emprego total para o conjunto dos ramos de actividade da economia diminuiu 1,6%, nos primeiros três meses do ano, o que compara com a variação de -0,1% registada no trimestre anterior.

O emprego por conta de outrem também diminuiu em termos homólogos, passando de uma variação de 1,1% no quarto trimestre de 2008 para -0,7% no trimestre seguinte.

Recorde-se que as últimas estimativas do Banco de Portugal, divulgadas em Abril, apontavam para uma contracção do PIB de 3,5%.

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